Prefeito de Bogotá decreta lei seca para evitar excessos nos protestos
Enrique Peñalosa, prefeito da capital colombiana, emitiu medida proibindo a venda de bebidas alcoólicas, para tentar controlar manifestações
Internacional|Da EFE
O prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, decretou nesta sexta-feira (22) a lei seca para evitar novos excessos na capital da Colômba, como os casos registrados ontem, no dia dos protestos contra as políticas do governo que deixaram milhões de dólares em prejuízos.
"Para garantir que os riscos de violência sejam minimizados nós vamos ter uma lei seca", disse Peñalosa em entrevista coletiva.
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Ele explicou que a medida começará a partir das 12h (hora local) de hoje e seguirá até às 12h (hora local) de amanhã.
Peñalosa também pediu aos cidadãos que se unam e rejeitem pessoas violentas, que atacaram com coquetéis molotov, pedras e tintas, o Capitólio, o Palácio da Justiça e o Palácio Lievano, sede da prefeitura.
Excessos e prejuízos
De acordo com as autoridades, esses excessos, que terminaram com a detenção de 24 pessoas na cidade, causaram um prejuízo de 20 bilhões de pesos (cerca de R$ 24 milhões)", afirmou.
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"Queremos pedir aos cidadãos que não deixem uma minoria insignificante de criminosos destrua a cidade", disse Peñalosa, dando a entender que há "políticos interessados no caos e na destruição".
Milhares de colombianos tomaram ontem as ruas de Bogotá, Cali, Medellín e outras grandes cidades até o final da noite, quando um panelaço se espalhou pela maioria dos bairros da capital.
Protesto contra medidas
O protesto foi convocado por sindicatos e movimentos sociais que rejeitam o pacote de medidas econômicas que, segundo eles, o governo de Iván Duque quer propor ao Congresso para modificar o regime trabalhista e da previdência em detrimento dos trabalhadores.
Ontem o maior foco de violência foi em Cali, a terceira cidade da Colômbia, onde o prefeito Maurice Armitage decretou toque de recolher durante a noite para conter os saques de estabelecimentos comerciais.
O saldo foram pelo menos três mortes, com 273 feridos e 98 presos, segundo o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo.