O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um agradecimento nesta quinta-feira (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por contribuir na busca pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo Putin, os chefes de Estado de outros países dos Brics também foram importantes nesse processo.“Todos nós temos nossos próprios assuntos atuais para tratar, mas muitos líderes de Estado, como o presidente da República Popular da China [Xi Jinping], o primeiro-ministro da Índia [Narendra Modi] , os presidentes do Brasil [Lula] e o presidente da República da África do Sul [Cyril Ramaphosa] estão engajados nessa questão, dedicando bastante tempo, e somos gratos a todos eles por isso, pois essa atividade tem como objetivo alcançar a nobre missão de por fim aos combates e à perda de vidas”, afirmou o presidente russo.Putin disse apoiar a ideia de um cessar-fogo na Ucrânia, mas destacou a existência de “nuances” importantes que precisam ser consideradas. Segundo ele, a Rússia concorda com a proposta de interromper as ações militares, mas enfatiza que a cessação das hostilidades deve conduzir à paz de longo prazo e à eliminação das causas profundas da crise.“Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades. Mas partimos do fato de que essa cessação deve ser tal que leve à paz de longo prazo e elimine as causas iniciais desta crise,” afirmou Putin.A principal preocupação de Moscou é como garantir que o cessar-fogo não seja usado pela Ucrânia para se rearmar e mobilizar forças.A Rússia questiona quem dará as ordens para acabar com as hostilidades e qual será o “preço” desse acordo.Além disso, há o entendimento no Kremlin de que Ucrânia pode usar o cessar-fogo temporário para mobilizar suas forças militarmente e receber novas armas, o que a Rússia considera necessário controlar.A guerra entre Rússia e Ucrânia tem se prolongado por mais de três anos, com ambos os lados sofrendo perdas significativas. Recentemente, a Ucrânia concordou em aceitar uma proposta de cessar-fogo de 30 dias, negociada com os Estados Unidos.No entanto, a Rússia ainda não se comprometeu oficialmente com a aceitação dessa proposta, aguardando discussões mais detalhadas sobre os próximos passos para pôr fim ao conflito.