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Quem é o alpinista voluntário que participou de resgate de brasileira em vulcão na Indonésia

Agam, experiente montanhista, ajudou a içar corpo de Juliana Marins, encontrada sem vida após cair em trilha no Monte Rinjani

Internacional|Do R7

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Agam, experiente montanhista, ajudou a içar corpo de Juliana Marins, encontrada sem vida após cair em trilha no Monte Rinjani Reprodução/Instagram/@agam_rinjani

Após mais de sete horas de operação, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) disse que concluiu o resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão do país.

Juliana, natural do Rio de Janeiro, caiu em uma encosta íngreme durante uma trilha organizada por uma agência de turismo no sábado (21). O corpo dela foi encontrado na terça-feira (24), a cerca de 600 metros abaixo da trilha.


A operação, marcada por condições climáticas adversas, dificuldades de acesso e informações desencontradas, teve participação de um montanhista experiente, identificado como Agam, que se voluntariou para auxiliar nas buscas e registrou a ação nas redes sociais.

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Operação de resgate

A Basarnas disse que sete resgatistas participaram da operação. Quatro deles acamparam durante a noite de terça para quarta-feira a 600 metros de profundidade, onde o corpo de Juliana foi encontrado. Os outros três permaneceram em um ponto acima, a 400 metros.


Agam, que pertence ao esquadrão Rinjani, um grupo especializado em operações de risco na montanha, e outros dois socorristas voluntários desceram até o ponto mais baixo. Eles realizaram o procedimento de preparo do corpo para o resgate, segundo a Basarnas.

Um vídeo compartilhado por Agam no Instagram mostra parte do trajeto feito pelos socorristas (assista abaixo).


A agência disse que, apesar de o corpo ter sido encontrado na terça, a evacuação precisou ser adiada para quarta-feira por causa da baixa visibilidade e do mau tempo, que impediram que helicópteros fossem usados na operação.

O chefe da Basarnas, o Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, afirmou à imprensa indonésia que o corpo de Juliana será levado ao posto de Sembalun, de onde saem as expedições ao cume do Rinjani, e, depois, ao hospital Bayangkara, na cidade de Mataram, ainda na ilha de Lombok, onde fica a montanha.


Vulcão na Indonésia onde brasileira foi encontrada morta tem histórico de acidentes e óbitos Reprodução/Record News

Socorrista voluntário

Agam é um montanhista experiente que pertence ao esquadrão Rinjani, grupo especializado em resgates de alto risco no vulcão, que tem 3.726 metros. Ele se juntou às buscas na segunda-feira (23), ao lado de Tio, outro alpinista do coletivo.

O montanhista documentou parte do trajeto em vídeos publicados nas redes sociais. Nas imagens, Agam mostra trilhas escuras, iluminadas apenas por lanternas, e equipamentos, como cordas, capacetes e até uma maca.

Em uma publicação, o montanhista descreveu os desafios da operação. “Ela caiu em um desfiladeiro profundo, com rochas soltas. Estamos arriscando nossas vidas aqui, então, precisamos ter muito cuidado”, relatou.

Nas redes sociais, Agam costuma compartilhar dicas sobre escaladas no Monte Rinjani, destino turístico famoso pelo lago da cratera Segara Anak e pela trilha desafiadora, que pode levar de dois a quatro dias.

Em alguns vídeos, ele destaca a importância de preparativos como gestão de água, escolha de roupas adequadas e uso de mochilas apropriadas para as expedições ao monte, alertando para os riscos do terreno.

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