Saiba quem são os candidatos da direita boliviana que disputam o 2º turno de votação histórica
Rodrigo Paz e Jorge Quiroga concorrem ao comando do país após 20 anos de governos de esquerda
Internacional|Do R7
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Pela primeira vez em duas décadas, a Bolívia terá um presidente de direita. O senador Rodrigo Paz, de centro-direita, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, de perfil conservador, disputarão o segundo turno das eleições presidenciais do país.
Abaixo, o R7 reúne as principais informações sobre os dois candidatos que disputam o pleito, agendado para o dia 19 de outubro, após liderarem o primeiro turno, realizado no último domingo (17).
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Rodrigo Paz
Rodrigo Paz, de 57 anos, surpreendeu ao conquistar 32,2% dos votos, superando as expectativas. Até uma semana antes da votação, pesquisas o colocavam entre o terceiro e o quinto lugar.
Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989-1993), Paz é senador por Tarija, no sul do país, e já foi deputado e prefeito da capital da província, que fica próxima à fronteira com a Argentina.
Nascido em Santiago de Compostela, na Espanha, durante o exílio de sua família na ditadura militar, ele tem nacionalidade boliviana por conta da origem de seu pai.
À frente do Partido Democrata Cristão, Paz conduziu uma campanha discreta, prometendo incluir as classes médias e baixas na economia com créditos acessíveis, livre importação de produtos e uma reforma tributária para incentivar a indústria nacional.
Ele também defende um modelo econômico “50-50”, dividindo a administração de fundos públicos igualmente entre o governo federal e as autoridades regionais, além do fechamento de estatais não lucrativas e a criação de um fundo de estabilização monetária com criptomoedas para combater a inflação, que atinge 25% ao ano.
Seu vice, Edman Lara, um capitão da polícia conhecido por combater a corrupção, foi um trunfo na campanha. “Quero felicitar o povo boliviano, porque disse: ‘quero mudar, e este é um sinal de mudança’”, declarou Paz a apoiadores em La Paz no domingo, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Tuto Quiroga
Em segundo lugar, com 26,8% dos votos, Jorge “Tuto” Quiroga, de 65 anos, tenta retomar a presidência, que ocupou entre 2001 e 2002 após a renúncia do ex-ditador Hugo Banzer, de quem foi vice.
Engenheiro formado na Universidade A&M do Texas, nos Estados Unidos, e ex-funcionário da IBM (International Business Machines Corporation), uma multinacional norte-americana de tecnologia, Quiroga já tentou a presidência em 2005 e 2015, mas nunca esteve tão perto de vencer.
Ele se define como liberal, mas atrai votos conservadores e promete uma “mudança sísmica”: redução do déficit fiscal, privatização de estatais deficitárias, acordos de livre comércio com China, Coreia, Japão e Europa, e uma nova Constituição.
“A crise não vai diminuir. Vai piorar, vai ficar mais dura, mais difícil. É o maior desafio institucional, econômico, moral da nossa história. E vamos enfrentar todos juntos”, afirmou Quiroga à AFP após o primeiro turno.
Derrota história da esquerda
O milionário Samuel Doria Medina, favorito nas pesquisas até dias antes da eleição, ficou em terceiro com 20% e anunciou apoio a Paz. “Disse que, se não ganhássemos, apoiaria quem ficasse em primeiro, desde que não fosse o MAS [Movimento Ao Socialismo]. Esse candidato é Rodrigo Paz, e mantenho minha palavra”, declarou.
A eleição marcou o fim de 20 anos de domínio do MAS, liderado por Evo Morales (2006-2019), que enfrenta rejeição devido à crise econômica, com falta de dólares e combustíveis.
Morales, impedido de concorrer por decisão judicial e alvo de um mandado de prisão, defendeu o voto nulo e questionou a legitimidade do pleito. “Esta votação vai demonstrar que é uma eleição sem legitimidade”, disse após votar em Lauca Eñe, protegido por apoiadores.
Outros candidatos, como Andrónico Rodríguez (8%), Manfred Reyes Villa (6%) e Eduardo del Castillo (3%), ficaram atrás. Rodríguez, ex-aliado de Morales, foi alvo de pedradas e insultos em Chapare, reduto do ex-presidente, que o acusou de traição.
Mais de 7,9 milhões de bolivianos votaram para eleger o presidente e renovar a Assembleia Legislativa. Segundo o Tribunal Supremo Eleitoral, a votação foi tranquila, com incidentes isolados.
Perguntas e respostas
Quem são os candidatos de direita que disputam a presidência da Bolívia?
Os candidatos de direita que disputam a presidência da Bolívia são o senador Rodrigo Paz, de centro-direita, e o ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga, de perfil conservador. Eles irão para o segundo turno das eleições presidenciais, agendado para o dia 19 de outubro.
Qual foi o desempenho de Rodrigo Paz no primeiro turno?
Rodrigo Paz, de 57 anos, obteve 32,2% dos votos, superando as expectativas, já que pesquisas o colocavam entre o terceiro e o quinto lugar antes da votação. Ele é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora e já ocupou cargos como deputado e prefeito.
Quais são as propostas de Rodrigo Paz?
Paz promete incluir as classes médias e baixas na economia por meio de créditos acessíveis, livre importação de produtos e uma reforma tributária. Ele defende um modelo econômico que divide a administração de fundos públicos entre o governo federal e as autoridades regionais, além do fechamento de estatais não lucrativas e a criação de um fundo de estabilização monetária com criptomoedas.
Quem é o vice de Rodrigo Paz?
O vice de Rodrigo Paz é Edman Lara, um capitão da polícia conhecido por seu combate à corrupção, que foi um trunfo na campanha de Paz.
Qual foi o desempenho de Jorge Quiroga no primeiro turno?
Jorge "Tuto" Quiroga, de 65 anos, ficou em segundo lugar com 26,8% dos votos. Ele já ocupou a presidência entre 2001 e 2002 e tenta retomar o cargo após várias tentativas anteriores.
Quais são as propostas de Jorge Quiroga?
Quiroga se define como liberal e promete uma "mudança sísmica", que inclui a redução do déficit fiscal, privatização de estatais deficitárias e acordos de livre comércio com países como China, Coreia, Japão e Europa, além de uma nova Constituição.
Quem ficou em terceiro lugar nas eleições e qual foi sua posição?
Samuel Doria Medina ficou em terceiro lugar com 20% dos votos e anunciou apoio a Rodrigo Paz, afirmando que apoiaria quem ficasse em primeiro, desde que não fosse o MAS (Movimento Ao Socialismo).
Qual foi o impacto das eleições na política boliviana?
As eleições marcam o fim de 20 anos de domínio do MAS, liderado por Evo Morales, que enfrenta rejeição devido à crise econômica. Morales, impedido de concorrer, questionou a legitimidade do pleito e defendeu o voto nulo.
Como foi a participação dos eleitores nas eleições?
Mais de 7,9 milhões de bolivianos votaram para eleger o presidente e renovar a Assembleia Legislativa. O Tribunal Supremo Eleitoral informou que a votação foi tranquila, com incidentes isolados.
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