Reino Unido: manifestantes protestam contra o Brexit e pedem retorno à União Europeia
Marcha Nacional pelo Reingresso passou pelo centro de Londres; a saída do bloco europeu foi decidida em um referendo, em 2016
Internacional|Do R7
Manifestantes contrários à saída do Reino Unido da UE (União Europeia) realizaram a Marcha Nacional pelo Reingresso, com protestos pelas ruas do centro de Londres, neste sábado (23). Diversas pessoas vestiam roupas azuis e carregavam bandeiras da União Europeia para pedir a anulação da medida, chamada de Brexit, que foi finalizada em 2020. Ela foi aprovada pela população por meio de um referendo, em 2016.
A votação, realizada em junho daquele ano, foi convocada pelo então primeiro-ministro David Cameron.
Entre os manifestantes estavam a ativista anti-Brexit Gina Miller e o deputado europeu e ex-negociador do Brexit Guy Verhofstadt, que carregavam juntos uma grande faixa.
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Um dos líderes e cofundadores do movimento pela reintegração do Reino Unido à UE é Peter Corr, de 42 anos, ex-motorista de caminhão que também já foi do Exército; Ele diz ter perdido o emprego devido ao Brexit.
Corr conta que decidiu organizar o protesto para mostrar que muitos britânicos querem a volta do país para o bloco europeu. Foi assim que surgiu a ideia da Marcha Nacional pelo Reingresso (ou pela Reintegração), composta de uma manifestação e um grande comício pró-UE e anti-Brexit.
Em entrevista a um grande jornal britânico, Corr deu sua opinião sobre o Brexit: um erro que prejudicou a classe trabalhadora. Ele afirmou que a maioria dos jovens é contra a medida e quer o retorno do Reino Unido para o bloco europeu.
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A estudante Ceira Sargento, de 21 anos, disse ao mesmo jornal que tinha apenas 14 anos quando o referendo foi feito e que, assim como ela, muitos jovens querem ser ouvidos sobre o tema.
Terry Reintke, membro do Parlamento Europeu pela Alemanha e copresidente do Partido Verde na Assembleia, também falou com o veículo da imprensa britânica: "O Reino Unido conseguiu construir um dos maiores movimentos pró-europeus em toda a Europa, e ainda podemos sentir que existem milhões de britânicos que querem voltar para o bloco; a nossa porta está aberta", avaliou.