Rússia se manifesta contra ampliação da Otan na Ucrânia
Governo russo demonstrou preocupação com ligação próxima entre aliança militar e ucranianos; Belarus promete apoio a Putin
Internacional|Do R7
O governo da Rússia alertou nesta segunda-feira (27) que qualquer ampliação da infraestrutura militar da Otan (aliança militar ocidental) na Ucrânia cruzaria uma das "linhas vermelhas" do presidente Vladimir Putin. Aliado político russo, Belarus disse que concordou em agir com Moscou em contraposição à atividade crescente da Otan.
Alexander Lukashenko, presidente bielorrusso que é aliado próximo da Rússia, acusou os Estados Unidos de montarem centros de treinamento na Ucrânia que afirmou equivalerem a bases militares, e disse que debateu o assunto com Putin.
"Está claro que precisamos reagir a isto... concordamos que precisamos adotar algum tipo de medida como reação", disse Lukashenko, segundo citação da agência de notícias RIA.
A Ucrânia iniciou exercícios militares conjuntos com soldados dos EUA e de outros membros da Otan na semana passada, enquanto Rússia e Belarus realizaram manobras de larga escala que alarmaram o Ocidente.
Há tempos a Ucrânia, que não é membro da Otan, busca laços mais estreitos com o Ocidente e seus militares. O país tem relações tensas com a Rússia desde que Moscou anexou a península da Crimeia em 2014 e passou a apoiar separatistas que lutam no leste ucraniano.
A Rússia se opõe com veemência à ideia de a Ucrânia integrar a Otan, e preocupou Kiev e o Ocidente no início deste ano reforçando forças militares perto das fronteiras ucranianas. Indagado sobre as ações às quais Lukashenko se referia, os russos responderam: "Estas são ações que garantem a segurança de nossos dois Estados".