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Rússia simula lançamentos nucleares em exercício de guerra

Anúncio foi feito nesta terça-feira pelo presidente Vladimir Putin, que disse que esse tipo de arma é para ‘garantir a segurança do Estado'

Internacional|Do R7

Putin reforçou que armas nucleares garantem a soberania da Rússia Divulgação/Kremilin - 25.10.2024

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira (29), uma simulação de uso de armas nucleares.

“Hoje estamos realizando outro treinamento das forças estratégicas de dissuasão. Executaremos ações das autoridades para o controle do uso de armas nucleares com lançamentos práticos de mísseis balísticos e de cruzeiro", afirmou, em comunicado divulgado pelo Kremilin.

Putin, porém, frisou que a Rússia considera o uso de armas nucleares “uma medida extrema e exclusiva para garantir a segurança do Estado”.

“No entanto, entendemos bem que a tríade nuclear continua sendo um garantidor confiável da soberania e da segurança do nosso país, permitindo-nos cumprir tarefas de dissuasão estratégica e manter a paridade nuclear e o equilíbrio de forças no mundo como fatores objetivos de estabilidade global”, complementou.


Em seu discurso, o presidente russo ainda citou “o aumento das tensões geopolíticas e o surgimento de novas ameaças e riscos externos”, como argumento para manter armas e o exército do país prontos para o combate.

“Ressalto que não pretendemos nos envolver em uma nova corrida armamentista, mas manteremos nossas forças nucleares em um nível de suficiência necessária.”


A Rússia, detentora do maior arsenal nuclear do mundo, possui cerca de 6.000 ogivas, conforme estimativas da Federação de Cientistas Americanos. Esse número, supera o dos Estados Unidos, que detém o segundo maior arsenal.

As forças estratégicas de dissuasão nuclear mencionadas por Putin são compostas, principalmente, por três elementos – conhecidos como tríade nuclear – que incluem:


  • Mísseis balísticos intercontinentais terrestres: lançados de bases em terra que podem atingir longas distâncias e são difíceis de interceptar;
  • submarinos nucleares com mísseis balísticos: podem lançar mísseis balísticos de áreas submersas, tornando o ataque nuclear mais difícil de detectar e neutralizar;
  • bombardeiros estratégicos: aviões de longo alcance capazes de transportar bombas e mísseis nucleares, oferecendo flexibilidade para ajustar a trajetória e direcionamento do ataque.

Guerra na Ucrânia

O anúncio de um novo treinamento com armas nucleares ocorre enquanto países do Ocidente discutem a autorização para que a Ucrânia utilize armas de longo alcance contra a Rússia.

O Reino Unido e a França demonstraram apoio ao uso dessas armas. A imprensa americana informa que Biden está inclinado a autorizar essa ação, mas nenhum anúncio foi feito até o momento.

Putin afirmou que se a Ucrânia utilizar mísseis contra seu território isso significará uma guerra entre a Rússia e os países da Otan (aliança militar do Ocidente), que tem enviado essas armas desde o início da guerra.

Na segunda-feira (28), a agência de notícias Reuters noticiou que os Estados Unidos permitiram que a Ucrânia utilizasse mísseis de longo alcance caso a Coreia do Norte se envolva na guerra.

Há confirmação por parte da inteligência dos EUA e da Coreia do Sul de que o ditador Kim Jong-un enviou e planeja enviar mais militares para a Rússia. Eles não entraram no campo de batalha, mas estão recebendo treinamento russo.

Recentemente, a Rússia assinou um acordo de cooperação militar com a Coreia do Norte.

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