Satélite espião da Coreia do Norte que caiu no mar não tinha uso militar, afirmam sul-coreanos

Destroços recuperados pelo governo de Seul foram analisados junto a especialistas da Defesa dos Estados Unidos

05/07/2023 - 11h09 (Atualizado em 29/03/2024 - 07h08)

A Coreia do Sul anunciou que o satélite espião lançado pela Coreia do Norte em maio, e que caiu no mar pouco depois da decolagem, "não tinha utilidade militar". Os destroços foram recuperados por Seul, que fez a análise do material.

Pyongyang tentou colocar em órbita o primeiro satélite de reconhecimento militar do país, mas o foguete que o transportava explodiu poucos minutos depois da decolagem.

• Compartilhe esta notícia no WhatsApp

• Compartilhe esta notícia no Telegram

‌

Durante 36 dias, navios de resgate marítimo, aparelhos de detecção de minas e equipes de mergulhadores de Seul trabalharam para recuperar os destroços do artefato, que foram analisados por especialistas sul-coreanos e americanos, informou o Ministério da Defesa.

"Avaliaram que não tinha utilidade militar como satélite de reconhecimento", afirma o comunicado.

‌

A Coreia do Norte diz que o satélite era necessário para contra-atacar a crescente presença militar dos Estados Unidos na região. Pyongyang reforçou que pretende lançar em breve outro satélite, uma tecnologia que o ditador Kim Jong-un considera prioritária.

Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão condenaram o lançamento como uma violação das resoluções da ONU que proíbem o país comunista de desenvolver tecnologia de mísseis balísticos.

‌

Os especialistas afirmam que que estes foguetes e os lançadores espaciais compartilham a mesma tecnologia.

Coreia do Norte faz festa em aldeias rurais para entregar casas 'modernas' e de 'beleza refinada'

A última sexta-feira foi de comemoração na Coreia do Norte. Isso porque a ditadura de Kim Jong-un fez a festa nas remotas comunidades rurais que ficam nos arredores da capital, Pyongyang

Vilarejos inteiros foram construídos pelos funcionários do governo da Coreia do Norte

As casas são feitas para abrigar a população rural. As fotos mostram que o governo também se concentra em agradar aos habitantes, não só em construir mísseis que têm potencial destrutivo em escala global

De acordo com a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, a KCNA, os moradores de aldeias rurais ganharam residências "modernas" e de "beleza refinada"

Vale lembrar que essa é a agência estatal de informação; então, os norte-coreanos se informam apenas por ela (além dos canais oficiais de televisão e jornal impresso)

Houve uma verdadeira comemoração na entrega das casas, e as pessoas que receberam as chaves estavam especialmente vestidas para a ocasião

Quem recebeu as chaves também conseguiu, imediatamente, a documentação que comprova a propriedade dos imóveis

Os norte-coreanos receberam imóveis novinhos, como esses da foto

Espécie de condomínios, as casas são equipadas com mesas de pingue-pongue para os moradores se divertirem

Também há áreas de convivência, como refeitórios compartilhados

As residências foram erguidas em províncias próximas à capital da Coreia do Norte

O ditador Kim Jong-un não compareceu ao evento, mas a imprensa oficial fez questão de destacar o papel dele na construção

As casas, "com boas condições de moradia e ambiente além da beleza apurada", foram edificadas "sob a enérgica orientação do respeitado camarada Kim Jong-un", destacou a agência oficial de notícias

Kim Jong-un mantém um programa da revolução rural com o objetivo de "proporcionar aos trabalhadores agrícolas uma vida mais rica e civilizada o mais cedo possível"

Assim que os imóveis foram entregues, os novos moradores se mudaram. Era uma das regras do evento

Ao se mudarem para as novas casas, as pessoas fizeram uma festa generalizada, com alegres danças camponesas. De acordo com a imprensa oficial, "risadas felizes das pessoas podiam ser ouvidas em cada aldeia"

As casas entregues pela ditadura norte-coreana são geminadas, como essas da foto

Os funcionários parabenizaram os proprietários das novas casas e compartilharam a alegria deles

Roupas tradicionais foram usadas para festejar o evento

A festa, com danças típicas, marcou a entrega das chaves

Houve uma espécie de cortejo para chegar até as casas novas

Os novos proprietários exibem os documentos das casas

A última sexta-feira foi de comemoração na Coreia do Norte. Isso porque a ditadura de Kim Jong-un fez a festa nas remotas comunidades rurais que ficam nos arredores da capital, Pyongyang