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Senadores democratas articulam medida para barrar tarifaço de Trump a produtos do Brasil

Parlamentares norte-americanos temem aumento de preços no mercado interno; taxa de 50% passa a valer em 6 de agosto

Internacional|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Senadores democratas nos EUA planejam barrar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 6 de agosto.
  • Donald Trump justifica a medida alegando desvantagem econômica dos EUA em relação ao Brasil e critica o STF.
  • A Câmara Americana e membros do Congresso discutem a possibilidade de revogar ou adiar a implementação da tarifa.
  • Produtos como carne bovina e café, que não estão isentos da tarifa, podem ter seus preços aumentados, afetando empresas e trabalhadores nos EUA.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Tarifas impostas por Trump a diversos países estão sendo analisadas pelo Congresso norte-americano Official White House Photo by Joyce N. Boghosian - 23.07.2025

Após visita de um grupo de senadores brasileiros aos EUA para abrir diálogo e reduzir a tarifa de 50% a produtos brasileiros, senadores democratas informaram, nesta quinta-feira (31), que vão apresentar uma proposta para forçar o Senado americano a votar uma medida que barre o tarifaço.

Na quarta-feira (31), o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma norma executiva oficializando a medida, que passará a valer em 6 de agosto.


Os senadores Jeanne Shaheen, Tim Kaine, Chuck Schumer e Ron Wyden criticaram as tarifas impostas por Trump. Como justificativa, o presidente americano alega que os EUA estão em desvantagem econômica com o Brasil, além de criticar o STF (Supremo Tribunal Federal) por decisões sobre redes sociais americanas e pelo processo ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde.

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Anteriormente, o Senado americano votou propostas para contestar o uso, por Trump, da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional na imposição de tarifas. Em abril, por exemplo, a Casa aprovou a revogação de taxas ao Canadá por 51 votos a 48.


A Câmara americana, no entanto, não votou a proposta e, no fim de abril, houve uma tentativa de revogar as tarifas, mas não prosperou em virtude de um empate.

Contudo, o deputado Gregory Meeks — integrante do Comitê de Relações Exteriores — prometeu apresentar uma resolução para novamente tentar barrar o tarifaço. A medida deve ocorrer quando terminar o recesso na Câmara dos EUA.


Além disso, a deputada Sydney Kamlager-Dove, co-presidente do Caucus Brasil, defendeu, em conversa com senadores brasileiros, a prorrogação do prazo para implementação da taxação, destacando os impactos negativos para empresas e trabalhadores norte-americanos.

Commodities taxadas

O decreto americano possui uma lista com quase 700 exceções, ou seja, com produtos que não serão atingidos pela taxação. A lista inclui itens como suco de laranja, aviões comerciais, combustíveis, petróleo e minério de ferro.


Mas commodities brasileiras com grande fluxo comercial para os EUA, como carne bovina, café e cacau, não foram incluídas nas exceções e, portanto, serão taxadas em 50%.

O senador Martin Heinrich alertou para o aumento no preço de produtos como o café e madeira. Já o senador republicano Thom Tillis espera que a Justiça americana adie a validade da taxação.

“A economia não deveria ser usada da maneira como Trump está conduzindo. Isso é um erro político”, opinou.

Alguns tribunais federais americanos analisam se houve abuso de poder, por parte de Trump, na invocação da medida, pois o presidente americano poderia estar ameaçando a segurança nacional do Brasil ao citar o STF como uma das motivações para o tarifaço.

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