Soldado russo é morto por drone aliado durante tentativa de rendição, diz Ucrânia; imagens
Vídeo mostra militar sendo atingido por explosivo após levantar as mãos em rendição, segundo autoridades ucranianas
Internacional|Do R7
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Um soldado russo foi morto por um drone do próprio exército durante uma tentativa de rendição no sul da Ucrânia, segundo informações divulgadas nesta semana pelo comando das Forças de Defesa do país.
No vídeo, publicado em um canal no Telegram, o militar aparece caminhando sozinho por uma estrada deserta. Em determinado momento, ele levanta as mãos, gesto interpretado como um sinal de rendição.
Segundos depois, o homem é atingido por um artefato explosivo lançado por um drone, e uma forte explosão ocorre em seguida. Após o fogo se dissipar, é possível ver fumaça saindo do corpo imóvel no chão (assista abaixo).
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Segundo o comando ucraniano, o soldado havia começado a depor as armas quando foi morto. “Em vez de permitir que seu soldado sobrevivesse, o operador do drone inimigo lançou um explosivo sobre ele, acabando instantaneamente com sua vida”, diz o comunicado.
As Forças de Defesa do Sul da Ucrânia disseram que o episódio é “mais uma evidência de que o inimigo não valoriza nem mesmo as vidas de seus próprios soldados”. A mídia ucraniana relata que casos semelhantes têm se tornado recorrentes em regiões da linha de frente.
Onda de desertores
O serviço de inteligência militar da Ucrânia estima que mais de 25 mil soldados russos desertaram desde o fim de 2024. Em interceptações telefônicas, Kiev afirma ter ouvido comandantes russos ordenando que seus homens atirem em qualquer colega que tente recuar.
Autoridades ucranianas também relatam maus-tratos e abusos contra militares russos, o que pode estar por trás de um aumento nas rendições. Na semana passada, quatro soldados foram encontrados algemados a uma árvore perto de Lyman após recusarem ordens de combate.
Em junho, um grupo de soldados russos na região de Kursk se rendeu às forças ucranianas alegando que “o abuso em suas unidades era pior do que o cativeiro”, segundo o jornal britânico.
De acordo com uma investigação do portal The Insider, a Rússia mantém “esquadrões de punição” para castigar soldados que se recusam a lutar, consomem álcool ou desafiam ordens. Esses militares seriam espancados e mantidos em condições degradantes.
Em julho, o jornal britânico The Sun noticiou que o Exército da Rússia mantém uma unidade, chamada 31831, onde práticas brutais contra os próprios soldados são recorrentes em meio às batalhas.
Relatos obtidos pelo jornal descrevem um cenário de abusos extremos, incluindo torturas, extorsão e o envio de militares para missões com poucas chances de sobrevivência, descritas como “missões suicidas”.
O governo de Volodymyr Zelensky disse que a situação mais recente demonstra como Moscou estaria disposta a eliminar seus próprios soldados para esconder sinais de recuo e desmotivação na guerra.
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