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Substituto das abelhas, microrrobô pode polinizar plantas em Marte no futuro

Pesquisadores desenvolvem robô que voa, paira e pode realizar polinização artificial em fazendas verticais e até outros planetas

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Pesquisadores do MIT desenvolvem um robô minúsculo inspirado em abelhas para polinização artificial.
  • O robô pode voar, pairar e realizar manobras acrobáticas em ambientes como fazendas verticais e Marte.
  • Atualmente, ele depende de um fio para energia, com previsão de autonomia em 20 a 30 anos.
  • O robô pode ter aplicações em busca e salvamento, além de contribuir para uma agricultura mais sustentável.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Com o tamanho de um clipe de papel e capaz de bater as asas 400 vezes por segundo, microrrobô voa e paira no ar Divulgação/MIT

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um robô minúsculo, inspirado em abelhas, que pode revolucionar a polinização artificial.

Com o tamanho de um clipe de papel e capaz de bater as asas 400 vezes por segundo, o dispositivo pode voar a até dois metros por segundo, pairar e realizar manobras acrobáticas, como giros duplos.


A tecnologia, segundo informações da rede norte-americana CNN, é projetada para atuar em ambientes onde insetos naturais, como abelhas, não conseguem sobreviver, como fazendas verticais ou até em missões espaciais em Marte.

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O robô, desenvolvido no Laboratório de Robótica Suave e Microscópica do MIT, é movido por músculos artificiais macios que se contraem e expandem para bater as asas, cortadas a laser com precisão.


“Estamos apenas tentando imitar as manobras incríveis que as abelhas podem realizar”, disse Yi-Hsuan Hsiao, estudante de doutorado do MIT, à CNN.

Ele explica que o objetivo não é substituir as abelhas, mas permitir que os robôs atuem em cenários específicos, como armazéns agrícolas com iluminação ultravioleta, onde abelhas não sobrevivem, ou em ambientes extraterrestres.


“Se você vai cultivar algo em Marte, provavelmente não vai querer trazer muitos insetos naturais para fazer a polinização”, disse Hsiao.

De acordo com um comunicado divulgado pelo MIT, o novo design do robô representa um avanço significativo em relação a versões anteriores, que vêm sendo desenvolvidas desde 2021.


Ele pode pairar por cerca de 1.000 segundos (quase 17 minutos), uma duração 100 vezes maior do que a de outros robôs do mesmo tipo. Além disso, transmissões mais complexas e dobradiças de asas mais longas reduziram o estresse mecânico, o que aumenta a durabilidade e a precisão do voo.

Kevin Chen, professor associado do MIT e líder do projeto, disse que o robô foi projetado para ser mais ágil e resistente. “Com a vida útil e a precisão aprimoradas, estamos nos aproximando de aplicações como a polinização assistida”, afirmou.

Desafios pela frente

Os pesquisadores, no entanto, enfrentam desafios para tornar o robô totalmente autônomo. Atualmente, ele depende de um fio para alimentação, já que integrar uma bateria em um dispositivo tão pequeno é tecnicamente difícil.

“É muito difícil colocar uma pequena fonte de energia a bordo de robôs minúsculos”, explicou Chen à CNN. Ele estima que a tecnologia pode levar de 20 a 30 anos para estar pronta para uso em campo.

Além da polinização, o robô pode ter aplicações em missões de busca e salvamento ou na inspeção de locais de difícil acesso, como oleodutos e turbinas.

A equipe também trabalha em um robô inspirado em gafanhotos, capaz de saltar 20 centímetros e se mover em terrenos variados, como grama e gelo. Segundo Hsiao, a inspiração vem da natureza. “Milhões de anos de evolução deram aos insetos as melhores soluções, especialmente para locomoção”.

O próximo passo é integrar sensores e baterias para permitir voos autônomos fora do laboratório. Chen acredita que, nos próximos três a cinco anos, o foco será adicionar recursos de computação e navegação.

A longo prazo, a meta é fazer com que esses robôs possam pousar e decolar de flores com precisão, abrindo caminho para uma agricultura mais eficiente e sustentável, tanto na Terra quanto em outros planetas.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o objetivo do robô desenvolvido pelos pesquisadores do MIT?

 

O robô minúsculo, inspirado em abelhas, tem como objetivo revolucionar a polinização artificial, atuando em ambientes onde insetos naturais não conseguem sobreviver, como fazendas verticais e em missões espaciais em Marte.

 

Quais são as características do robô?

 

O robô tem o tamanho de um clipe de papel, é capaz de bater as asas 400 vezes por segundo, voar a até dois metros por segundo, pairar e realizar manobras acrobáticas, como giros duplos.

 

Como o robô é movido?

 

O robô é movido por músculos artificiais macios que se contraem e expandem para bater as asas, que são cortadas a laser com precisão.

 

Qual é a visão dos pesquisadores sobre a função do robô em relação às abelhas?

 

Os pesquisadores afirmam que o objetivo não é substituir as abelhas, mas permitir que os robôs atuem em cenários específicos onde as abelhas não sobrevivem, como em armazéns agrícolas com iluminação ultravioleta ou em ambientes extraterrestres.

 

Quais avanços foram feitos no design do robô?

 

O novo design do robô representa um avanço significativo em relação a versões anteriores, com capacidade de pairar por cerca de 1.000 segundos, uma duração 100 vezes maior que outros robôs do mesmo tipo, além de melhorias na durabilidade e precisão do voo.

 

Quais são os desafios enfrentados pelos pesquisadores?

 

Os pesquisadores enfrentam desafios para tornar o robô totalmente autônomo, pois atualmente ele depende de um fio para alimentação. Integrar uma bateria em um dispositivo tão pequeno é tecnicamente difícil.

 

Quais são as possíveis aplicações do robô além da polinização?

 

Além da polinização, o robô pode ser utilizado em missões de busca e salvamento ou na inspeção de locais de difícil acesso, como oleodutos e turbinas.

 

Qual é o próximo passo no desenvolvimento do robô?

 

O próximo passo é integrar sensores e baterias para permitir voos autônomos fora do laboratório. O foco nos próximos três a cinco anos será adicionar recursos de computação e navegação.

 

Qual é a meta a longo prazo para esses robôs?

 

A longo prazo, a meta é fazer com que os robôs possam pousar e decolar de flores com precisão, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável, tanto na Terra quanto em outros planetas.

 

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