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Estados Unidos

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Trump afirma que crimes de imigrantes ilegais 'separam famílias'

Em evento na Casa Branca, presidente dos EUA exibe fotos, autografadas por ele mesmo, de norte-americanos mortos por imigrantes

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Trump mostrou fotos de vítimas de imigrantes que ele mesmo autografou
Trump mostrou fotos de vítimas de imigrantes que ele mesmo autografou Trump mostrou fotos de vítimas de imigrantes que ele mesmo autografou

O presidente dos EUA, Donald Trump, realizou nesta sexta-feira (22) um evento na Casa Branca para, segundo ele, 'mostrar o outro lado' e discutir crimes cometidos por imigrantes ilegais que 'separaram famílias norte-americanas'.

Trump levou parentes de pessoas assassinadas por imigrantes, deixou que contassem detalhes de suas mortes e exibiu fotos dos mortos, autografadas por ele mesmo.

'Ouvir o outro lado'

Durante o evento, o presidente afirmou que, desde o 11 de Setembro, 63 mil cidadãos norte-americanos foram assassinados por imigrantes ilegais. É uma informação que ele vem apresentando há meses, mas que jamais foi confirmado por nenhum departamento do governo.

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Segundo uma pesquisa realizada pelo governo dos EUA em 2011, entre os 250 mil imigrantes presos no sistema carcerário norte-americano, estavam os responsáveis por pouco mais de 25 mil homicídios.

"Estamos aqui hoje para ouvir os norte-americanos vítimas da imigração ilegal. Sabe, ouvir o outro lado. Estes são cidadãos norte-americanos permanentemente separados de suas famílias", disse Trump.

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Dados contraditórios

De acordo com uma coletânea de estudos sobre imigração, que analisaram décadas de dados sobre crimes cometidos e prisões nos EUA, a realidade é que não é possível afirmar que a entrada dos imigrantes ampliou o número de crimes no país. A obra é do Cato Institute.

Os dados mostram que, entre os imigrantes, os homens de 18 a 39 anos que foram presos entre 1980 e 2010 representam cerca de 1,8% da população total presente no país. Entre os nascidos nos EUA, a proporção de presos era de 3,3% dos homens de 18 a 39 anos.

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A política de 'tolerância zero' na fronteira dos Estados Unidos com o México, adotada a partir de abril, já resultou em mais de 2 mil crianças sendo separadas de seus pais após as famílias entrarem ilegalmente em território norte-americano. Imagens como a desta menina hondurenha de 2 anos chorando enquanto sua mãe é revistada pela patrulha de fronteira tomaram conta do noticiário nos EUA e a administração Trump está sob críticas de opositores e até do próprio partido
A ex-primeira-dama Laura Bush, esposa do ex-presidente George W. Bush, veio a público criticar a  'tolerância zero' na fronteira deveria acabar. "É uma política cruel e imoral", afirmou Laura Bush, em uma coluna no jornal The Washington Post. Ela escreveu o texto após visitar um abrigo para crianças separadas dos pais no Texas. A própria Melania Trump, esposa de Donald Trump, criticou a política
O senador republicano John McCain, que representa o estado do Arizona, um dos que mais tem de lidar com imigrantes ilegais, foi outro a criticar o que está acontecendo na fronteira. "A atual política de separação de famílias é uma afronta à decência do povo norte-americano, contrária aos princípios e valores que fundaram esta nação. A administração tem o poder de acabar com essa política e deveria fazê-lo agora", publicou o senador em sua conta no Twitter ONU exige que EUA parem de separar crianças imigrantes de pais
A 'tolerância zero' consiste em processar na esfera federal todos os imigrantes que entram ilegalmente em território norte-americano. A entrada é uma contravenção, não um crime, mas ao processar todos os imigrantes, isso significa que os adultos devem permanecer sob custódia em instituições federais. A presença de crianças é proibida em instalações desse tipo, por isso elas são tiradas dos pais e levadas para abrigos
Durante toda a crise, Trump e seus assessores vêm defendendo que é uma questão de 'cumprir a lei' e que o destino dos imigrantes 'está nas mãos do Congresso', mas os analistas afirmam que é uma questão apenas de decidir não separar as famílias As polêmicas 'geladeiras' onde imigrantes ficam presos na fronteira dos EUA com o México
Nesta segunda-feira, a senadora Kamala Harris, democrata da Califórnia, pediu publicamente a saída da secretária de Segurança Interna, Kirsten Nielsen, que comanda as agências que fiscalizam a fronteira e cuidam dos imigrantes e seus filhos. No domingo, Nielsen havia negado as separações de famílias. "Nós devemos falar a verdade. Não há uma lei que obrigue o governo a arrancar crianças de suas famílias", protestou
Trump, nesta segunda, disse que os EUA não se tornarão um grande "campo de refugiados", indicando que a política não deve mudar, mesmo com todas as críticas. Por sua vez, Nielsen tentou desviar o foco citando outros milhares de adolescentes que chegam à fronteira desacompanhados e também são abrigados pela Segurança Interna
Enquanto isso, milhares de imigrantes e seus filhos continuam chegando à fronteira do México com os EUA. A maioria foge de realidades violentas em países como Honduras, Guatemala e El Salvador. Mas há até alguns brasileiros entre as crianças dos abrigos. Na semana passada, o R7 contou a história de sete jovens do Brasil que estão detidos em um abrigo em Tucson, no Arizona

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A política de 'tolerância zero' na fronteira dos Estados Unidos com o México, adotada a partir de abril, já resultou em mais de 2 mil crianças sendo separadas de seus pais após as famílias entrarem ilegalmente em território norte-americano. Imagens como a desta menina hondurenha de 2 anos chorando enquanto sua mãe é revistada pela patrulha de fronteira tomaram conta do noticiário nos EUA e a administração Trump está sob críticas de opositores e até do próprio partido
A ex-primeira-dama Laura Bush, esposa do ex-presidente George W. Bush, veio a público criticar a  'tolerância zero' na fronteira deveria acabar. "É uma política cruel e imoral", afirmou Laura Bush, em uma coluna no jornal The Washington Post. Ela escreveu o texto após visitar um abrigo para crianças separadas dos pais no Texas. A própria Melania Trump, esposa de Donald Trump, criticou a política
O senador republicano John McCain, que representa o estado do Arizona, um dos que mais tem de lidar com imigrantes ilegais, foi outro a criticar o que está acontecendo na fronteira. "A atual política de separação de famílias é uma afronta à decência do povo norte-americano, contrária aos princípios e valores que fundaram esta nação. A administração tem o poder de acabar com essa política e deveria fazê-lo agora", publicou o senador em sua conta no Twitter ONU exige que EUA parem de separar crianças imigrantes de pais
A 'tolerância zero' consiste em processar na esfera federal todos os imigrantes que entram ilegalmente em território norte-americano. A entrada é uma contravenção, não um crime, mas ao processar todos os imigrantes, isso significa que os adultos devem permanecer sob custódia em instituições federais. A presença de crianças é proibida em instalações desse tipo, por isso elas são tiradas dos pais e levadas para abrigos
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A política de 'tolerância zero' na fronteira dos Estados Unidos com o México, adotada a partir de abril, já resultou em mais de 2 mil crianças sendo separadas de seus pais após as famílias entrarem ilegalmente em território norte-americano. Imagens como a desta menina hondurenha de 2 anos chorando enquanto sua mãe é revistada pela patrulha de fronteira tomaram conta do noticiário nos EUA e a administração Trump está sob críticas de opositores e até do próprio partido

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