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Trump assina ordem executiva que prevê tarifa adicional de 25% à Índia por negócios com Rússia

Informação foi divulgada pela Casa Branca nas redes sociais; sobretaxa entra em vigor daqui a 21 dias

Internacional|Do Estadão Conteúdo

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Donald Trump assina ordem executiva impondo tarifa de 25% sobre importações da Índia.
  • A medida é uma resposta à compra de petróleo russo pela Índia, considerada ameaça à segurança nacional dos EUA.
  • A tarifa começa a valer em 21 dias e poderá impactar outros países, como o Brasil, devido a suas relações comerciais com a Rússia.
  • O projeto de sanções busca isolar a Rússia e já conta com amplo apoio no Congresso americano.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Donald Trump
Trump prepara novas tarifas para pressionar a Rússia a aceitar acordo de paz com a Ucrânia Daniel Torok/Official White House Photo - 9.7.2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordem executiva que impõe tarifa adicional de 25% sobre a Índia, informou a Casa Branca na rede social X nesta quarta-feira (6). A nova ofensiva é uma resposta à contínua compra de petróleo russo pelos indianos, de acordo com o decreto.

A sobretaxa entra em vigor 21 dias após a data da ordem e incide sobre mercadorias que entram para consumo ou são retiradas de armazéns dos EUA após esse período.


Pelo documento, o presidente diz ter recebido novas informações a respeito das ações da Rússia na guerra da Ucrânia, que representa “extraordinária ameaça” à segurança nacional norte-americana.

Para lidar com isso, o republicano descreve ser necessário “impor uma taxa ad valorem adicional sobre as importações de artigos da Índia, que está importando direta ou indiretamente petróleo da Federação Russa”.


Na semana passada, a Casa Branca havia informado que a Índia ficaria sujeita a uma tarifa recíproca também de 25%.

Brasil em risco

Com o tarifaço que começou a valer nesta quarta-feira (6) sobre o Brasil, o país pode enfrentar uma nova sanção dos Estados Unidos, ainda mais severa, em até 90 dias. O motivo: a relação comercial do Brasil com a Rússia. A tarifa poderia chegar a 500%, número 10 vezes pior do que os 50% anunciados na quarta-feira (30).


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O indicativo do presidente norte-americano, Donald Trump, é para pressionar a Rússia a aceitar um acordo de paz com a Ucrânia. Na semana passada, ele ameaçou impor uma tarifa de até 100% para as importações russas, além da aplicação de sanções a países que fazem negócios com a nação governada por Putin — que é o caso brasileiro.

A medida faz parte do Sanctioning Russia Actof 2025, projeto de lei bipartidário que vem ganhando força no Congresso americano. O principal defensor da proposta, o senador republicano Lindsey Graham, foi categórico: “Nossa legislação vai isolar a Rússia, colocando-a em uma ilha comercial ao impor tarifas pesadas a outros países que apoiam essas atrocidades.”


A fala não cita diretamente o Brasil, mas o recado é claro: países que resistem a romper laços com a Rússia podem ser atingidos com medidas econômicas ainda mais duras do que as já aplicadas contra aliados estratégicos.

Ao lado dele, o senador democrata Richard Blumenthal reforçou o tom. “Países que continuam comprando petróleo, gás e urânio russos estão, na prática, financiando a máquina de guerra de Putin”, declarou, ao justificar a necessidade de sanções secundárias.

O projeto, apresentado por Graham e Blumenthal em abril, prevê sanções primárias à Rússia e sanções secundárias a países que mantêm negócios com ela, especialmente nas áreas de energia e minerais estratégicos. A medida autoriza o governo americano a aplicar tarifas de até 500% sobre produtos importados de países que negociem com Moscou, num esforço para cortar as fontes de financiamento da guerra na Ucrânia.

Com mais de 80 senadores de ambos os partidos apoiando a proposta, o texto já tem força suficiente para superar obstáculos legislativos no Senado, e deve ser votado nos próximos meses.

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