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Trump assina ordem para não separar mais famílias na fronteira

Medida se dá após semana de polêmicas envolvendo ações de 'tolerância zero' com famílias de imigrantes na fronteira com o México

Internacional|Ana Luisa Vieira, Beatriz Sanz e Fábio Fleury, do R7

Trump exibe a ordem executiva assinada nesta quarta-feira
Trump exibe a ordem executiva assinada nesta quarta-feira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (20) uma ordem executiva para suspender a separação de famílias de imigrantes que cruzam ilegalmente a fronteira com o México. No entanto, não ficou claro o que será feito com os imigrantes que já estão detidos longe dos filhos.

Durante a assinatura, Trump jurou que não irá voltar atrás em sua política de "tolerância zero". O presidente disse que irá reforçar o policiamento e que fará questão de construir o muro na fronteira com o México.

O decreto também transferirá pais com crianças para o início da fila de procedimentos de imigração, mas não encerrará a política de "tolerância zero" que exige processos criminais contra imigrantes que atravessem a fronteira ilegalmente, disse a autoridade.

Pressão e projetos no Congresso


A medida se dá depois de sua administração sofrer forte pressão dentro e fora do país devido à separação de famílias de imigrantes. Estima-se que mais de duas mil crianças tenham sido separadas de seus pais após entrarem ilegalmente em território norte-americano nos últimos meses.

O recuo de Trump também ocorre um dia antes do Congresso votar duas medidas centrais em sua política de imigração, a construção do muro na fronteira e as medidas sobre os jovens imigrantes ilegais que recebem visto por meio do programa DACA.


Autoridades do governo defenderam as medidas dizendo que elas são uma forma de proteger a fronteira e diminuir as entradas ilegais.

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'Queremos que venham, mas com base em mérito'


Em pronunciamento antes da assinatura, Trump afirmou que a nova ordem vai manter as fronteiras seguras, mas criticou os adultos "que se aproveitam de crianças" para entrar nos Estados Unidos.

Ele lembrou que a regulamentação para processar criminalmente quem chega de forma ilegal foi aprovada durante o governo Obama — a legislação prevê que todo adulto flagrado atravessando a fronteira de maneira irregular é considerado criminoso e levado a um centro de detenção, o que obriga a separação de pais e seus filhos.

"Precisamos de pessoas vindo para o nosso país, empresas vindo para o nosso país. Nós queremos que elas venham, mas com base em mérito", disse o presidente. 

O vice-presidente Mike Pence, que esteve presente à mesa na Casa Branca durante o discurso de Trump, conclamou o Congresso americano a "resolver a questão" — nesta quinta-feira (21), a Câmara dos Deputados deve votar dois projetos de reforma imigratória: "Vamos arregaçar as mangas e lidar com a questão da imigração com legislação e compaixão".

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