Trump confirma que desistiu de atacar Irã: 'Não seria proporcional'

Presidente fez declarações em série de posts no Twitter. Ataques seriam retaliação ao abatimento de um drone americano por forças iranianas

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com agências internacionais

21/06/2019 - 10h45 (Atualizado em 20/04/2024 - 12h34)

Em uma série de tweets publicados nesta sexta-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou uma informação noticiada mais cedo pela imprensa americana — de que ele cancelou abruptamente ataques militares que havia autorizado contra alvos no Irã.

"Nós estavamos posicionados e carregados para retaliar [o abatimento de um drone militar dos Estados Unidos pelas forças do Irã] em três locais quando perguntei quantos poderiam morrer. O general me respondeu: '150 pessoas, senhor'. Dez minutos antes dos ataques, eu cancelei. Não seria proporcional à derrubada de um avião não tripulado", escreveu o presidente americano.

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Drone abatido

Na quinta-feira (20), um drone militar dos Estados Unidos foi abatido por forças de segurança do Irã — que insiste que o dispositivo não tripulado invadiu suas águas territoriais.

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O governo norte-americano, por outro lado, alega que a aeronave foi atingida em espaço aéreo internacional em um "ataque sem provocação".

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, anunciou que o Irã levaria o caso à ONU (Organização das Nações Unidas), e o país já entregou à entidade uma carta com informações precisas sobre os pontos alcançados pelo drone americano. Oficiais de Teerã também asseguraram que enviaram várias advertências ao avião não tripulado dos Estados Unidos antes de derrubá-lo

As Forças Armadas do Irã exibiram, nesta sexta-feira (21), destroços do que seria o drone militar dos Estados Unidos derrubado em águas territoriais iranianas. Os pedaços do dispositivo não tripulado, segundo os oficiais do Irã, são a prova de que o drone norte-americano violou as águas territoriais iranianas — informação refutada pelos Estados Unidos, que alega que a aeronave foi atingida em espaço aéreo internacional em um "ataque sem provocação"

O dispositivo derrubado seria um drone de vigilância desarmado do modelo MQ-4 Triton, que é capaz de operar em altitudes de até 18 mil metros e é uma versão da nave de reconhecimento RQ-4 Global Hawk da Força Aérea americana

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, anunciou que o Irã levaria o caso à ONU — e o país já entregou à entidade uma carta com informações precisas sobre os pontos alcançados pelo drone americano. Oficiais de Teerã também asseguraram que enviaram várias advertências ao avião não tripulado dos Estados Unidos antes de derrubá-lo

Autoridades do Irã disseram à agência de notícias Reuters nesta sexta-feira que o país recebeu uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertando que um ataque norte-americano ao território iraniano é iminente, mas dizendo que não quer guerra, e sim debater uma série de assuntos

Segundo um funcionário de alto escalão dos EUA citado pela imprensa americana, aviões decolaram e navios foram posicionados para um ataque retaliatório ao Irã, mas depois receberam ordens de não agir

O incidente agravou os temores globais de um confronto militar direto entre os inimigos de longa data, e nesta sexta-feira os preços do petróleo subiram mais um dólar por barril, devido às preocupações a respeito de possíveis transtornos nas exportações de petróleo cru do Golfo

As Forças Armadas do Irã exibiram, nesta sexta-feira (21), destroços do que seria o drone militar dos Estados Unidos derrubado em águas territoriais iranianas. Os pedaços do dispositivo não tripulado, segundo os oficiais do Irã, são a prova de que o drone norte-americano violou as águas territoriais iranianas — informação refutada pelos Estados Unidos, que alega que a aeronave foi atingida em espaço aéreo internacional em um "ataque sem provocação"