O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) anunciou nesta terça-feira (3) que realizou uma operação especial para atingir a ponte de Kerch, uma estrutura de 19 km que conecta a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, ao território russo.Em comunicado, a SBU disse que a ação, planejada por meses, detonou 1.100 kg de explosivos equivalentes a TNT e danificou gravemente os suportes subaquáticos da ponte, considerada uma rota logística crucial para as forças russas.“Os suportes subaquáticos dos pilares foram severamente danificados, deixando a ponte em estado de emergência”, afirmou o órgão.Imagens divulgadas pelo SBU mostram uma explosão próximo a um dos pilares de sustentação da ponte, com detritos voando. A agência de notícias Reuters disse que não pôde verificar a data da filmagem, embora tenha confirmado a localização do vídeo com base em imagens de satélite e de arquivo.Este seria o terceiro ataque ucraniano à ponte desde o início da invasão russa em larga escala, em fevereiro de 2022. Em outubro daquele ano, um caminhão explodiu na estrutura e, nove meses depois, o SBU usou um drone naval para danificá-la. Em ambas as ocasiões, a Rússia reparou os danos.O tenente-general ucraniano Vasyl Maliuk disse em um comunicado que a ponte é “um alvo absolutamente legítimo”, por ser uma “artéria logística” usada pelas forças russas. “A Crimeia é a Ucrânia, e qualquer manifestação de ocupação receberá nossa resposta dura”, afirmou.A mídia estatal russa informou que o tráfego na ponte foi suspenso por cerca de quatro horas, mas que a estrutura foi reaberta e opera normalmente, segundo o jornal britânico The Guardian.Blogueiros militares russos, segundo a Reuters, minimizaram o ataque, alegando que não houve sucesso. Eles especulam que a ação foi realizada por um drone marítimo ucraniano.Inaugurada em 2018 pelo presidente russo Vladimir Putin, a ponte de Kerch é um projeto emblemático, composta por uma rodovia e uma ferrovia sustentadas por estacas de concreto e arcos de aço. Ela foi usada pelas forças russas em 2022 para acessar a Crimeia e avançar sobre as regiões de Kherson e Zaporizhzhia, no sul e sudeste da Ucrânia.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp