UE pede que EUA reconsiderem rompimento com OMS
Diplomatas e presidente da Comissão Europeia criticaram decisão de Trump em meio à pandemia de coronavírus. Presidente já tinha congelado verbas
Internacional|Do R7
A União Europeia fez um apelo, neste sábado (30), para que os Estados Unidos reconsiderem, a decisão de cortar laços com a Organização Mundial de Saúde (OMS) pela maneira como lidou com a pandemia de coronavírus.
"Diante da ameaça global, agora é o momento de uma melhor cooperação e soluções em comum. Ações que enfraquecem os resultados internacionais precisam ser evitadas", disseram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o principal diplomata da UE, Josep Borrell, em um comunicado.
"Neste contexto, pedimos que os EUA reconsiderem a decisão que anunciaram", disseram, um dia depois do presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a medida, acusando a agência da ONU de se tornar uma marionete da China.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, também condenou a medida e prometeu discussões intensas com Washington sobre o assunto.
A decisão é o "sinal errado no momento errado", disse Maas ao grupo de mídia alemão Funke. "Com o número de infecções ainda crescendo globalmente, "não podemos destruir a represa no meio de uma tempestade", disse.
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A UE liderou pedidos por uma análise da resposta internacional à pandemia de coronavírus, incluindo a atuação da agência da ONU.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que defendeu a agência das fortes críticas de Trump, prometeu uma revisão da sua atuação quando a pandemia estiver aliviada.
Mês passado, Trump suspendeu o financiamento à organização com 194 membros e, em uma carta em 18 de maio, deu à OMS 30 dias para se comprometer a reformas.
Falando na Casa Branca na sexta-feira, Trump disse que oficiais chineses pressionaram a OMS a "enganar o mundo".
A decisão de sair do órgão sediado em Genebra chega em meio a tensões crescentes entre Washington e Pequim em relação à pandemia de coronavírus. O vírus surgiu na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado.