O vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, publicou há pouco, em sua conta oficial do twitter, que é apenas um boato a notícia de que estaria sendo preparada sua renúncia. A publicação coincide com a decisão da oposição de pedir o impeachment do presidente do país, após um escândalo atingir o acordo de compra de energia elétrica da brasileira Itaipu.
Mais cedo, o presidente do país, Mario Abdo Benítez, pediu à Secretaria Nacional Anticorrupção (Senac) uma investigação para tentar esclarecer o escândalo aberto após a divulgação de um polêmico acordo com o Brasil para a compra de energia de Itaipu, feito em maio.
O acordo assinado entre os dois governos prevê a venda de energia elétrica por parte do Paraguai proveniente da usina hidrelétrica de Itaipu ao Brasil a preço de custo. Contudo, para os congressistas do país, a negociação feita, terminaria causando prejuízos financeiros ao país vizinho.
Apesar do acordo ter sido assinado em maio, o conteúdo da negociação só foi publicado na semana passada após intensa pressão da oposição paraguaia. A oposição alega também que o preço oferecido ao Brasil atenta contra a soberania energética do Paraguai.
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O assunto ganhou as páginas dos jornais paraguaios, e no último fim de semana, a população saiu às ruas contra o acordo. Após a repercussão do caso, o ministro das Relações Exteriores paraguaio e outras três autoridades renunciaram, num revés para o presidente Mario Abdo, que sempre buscou laços próximos com o vizinho e principal economia da América do Sul.
O novo chanceler do Paraguai, Antonio Rivas, anunciou nesta quarta-feira (31) que a Chancelaria prevê ter uma reunião com representantes do governo brasileiro na próxima sexta-feira em Brasília para deixar sem efeito a ata bilateral de compra de energia à represa de Itaipu, que gerou uma crise política.