O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se reuniu nesta terça-feira (30) em Kiev com a equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que deve visitar a usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada por tropas russas.
"Queremos que a missão da AIEA (...) chegue à central e faça o possível para evitar os perigos" de um possível desastre nuclear, disse Zelenski sobre a central de Zaporizhzhia, alvo de bombardeios nas últimas semanas, segundo um vídeo divulgado pela Presidência ucraniana.
"É uma das questões prioritárias de segurança da Ucrânia e de todo o mundo devido à ocupação de nossa central de Zaporizhzhia por militares russos e o risco elevado de uma explosão" e uma catástrofe nuclear, afirmou Zelenski à delegação, liderada pelo diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.
A comunidade internacional deve obter da Rússia "uma desmilitarização imediata da usina, a saída de todos os militares russos com todos seus explosivos e armas", além da plena recuperação do controle ucraniano sobre a central, acrescentou Zelenski.
Leia também
A usina de Zaporizhzhia é uma das quatro centrais nucleares que funcionam na Ucrânia e a maior da Europa, com seis reatores, cada um com mil megawatts de potência.
A planta está ocupada por tropas russas desde início de março, logo depois que a Ucrânia foi invadida. Kiev e Moscou se acusam mutuamente sobre os bombardeios na região da usina.
Na semana passada, a central foi brevemente desconectada da rede elétrica pela primeira vez em sua história, depois que vários cabos de fornecimento foram danificados.
Como a guerra na Ucrânia impacta a sua vida em 7 pontos
A guerra na Ucrânia, que se arrasta como o conflito mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, continua deixando grandes consequências, inclusive para regiões muito distantes, como é o caso do Brasil, que se encontra a mais de 10 mil quilômetros do país. Em meio ao quinto mês da forte ofensiva russa, que não mostra sinais de término, como sua vida está sendo afetada?