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Zelensky reivindica a 'coragem' de seu povo e desafia a Rússia no 500º dia da invasão da Ucrânia

Presidente publicou vídeo de uma visita à ilha das Serpentes, no mar Negro, que se tornou um símbolo da resistência ucraniana

Internacional|Do R7

Volodmir Zelensky publicou nas redes sociais um vídeo de uma visita à ilha das Serpentes
Volodmir Zelensky publicou nas redes sociais um vídeo de uma visita à ilha das Serpentes

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, reivindicou a "coragem" de seu povo e divulgou um vídeo em uma ilha reconquistada, neste sábado (8), após 500 dias de resistência à invasão da Rússia, que manteve a pressão com um novo bombardeio letal no leste.

Zelensky publicou nas redes sociais um vídeo sem data de uma visita à ilha das Serpentes, no mar Negro, que se tornou um símbolo da resistência ucraniana durante o conflito.

"Hoje estamos na ilha das Serpentes, que nunca será conquistada pelos ocupantes, como toda a Ucrânia, porque somos o país dos corajosos", disse.

Nos primeiros dias da invasão, uma conversa por rádio entre soldados ucranianos, que mandaram "à merda" a tripulação do navio de guerra russo que exigia sua rendição, se tornou viral. Os ucranianos finalmente recuperaram a ilha, em junho de 2022.


"Quero agradecer aqui, neste lugar de vitória, a cada um dos nossos soldados por estes 500 dias", acrescentou Zelensky no vídeo, no qual aparece chegando à ilha de barco e depositando flores e velas.

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Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, a ONU registrou a morte de 9.000 civis, incluindo 500 crianças, embora estime que o número seja muito maior.


Esse saldo voltou a aumentar neste sábado, com a morte de oito pessoas, devido a disparos de foguetes russos na cidade de Lyman, no leste, afirmaram autoridades ucranianas.

Outras duas pessoas morreram em um bombardeio ucraniano na cidade de Oleshki (no sul), ocupada pela Rússia, segundo os serviços de resgate citados pela agência de notícias russa Tass.

De acordo com Noel Calhoun, vice-diretor da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia, os 500 dias de conflito registram "outro marco sombrio na guerra, que continua gerando um impacto terrível na população civil ucraniana".

Bombas de fragmentação

Zelensky, em uma viagem por vários países em busca de apoio ocidental antes de uma cúpula da Otan na próxima semana, chegou à Turquia na última sexta-feira (7), onde obteve o endosso do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, às aspirações da Ucrânia de ingressar na Aliança Atlântica.

Os Estados Unidos se comprometeram, também na sexta-feira, a fornecer bombas de fragmentação à Ucrânia, uma medida controversa, já que essas armas são proibidas em grande parte do mundo, embora não na Rússia nem na Ucrânia.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que fornecer esse tipo de arma, que explode no ar e espalha grande quantidade de submunições por uma extensa área, foi "uma decisão difícil", condenada por várias ONGs.

A Rússia afirmou, neste sábado, que a entrega de bombas de fragmentação à Ucrânia é uma demonstração de "fragilidade" que tornará Washington "cúmplice" da morte de civis que essa arma pode ocasionar.

No momento, os esforços internacionais para mediar o conflito falharam, incluindo os do líder turco Erdogan, que, ao mesmo tempo em que impulsiona o comércio com a Rússia, fornece drones e outras armas à Ucrânia.

"Não há dúvida de que a Ucrânia merece ser membro da Otan", disse Erdogan, ao lado de Zelensky, em Istambul, um endosso que pode complicar suas relações com a Rússia.

O presidente turco afirmou que ele e Putin discutirão trocas de prisioneiros e a possível extensão de um acordo negociado no ano passado para permitir que a Ucrânia exporte grãos para o mercado global.

O acordo expirará em 17 de julho, a menos que a Rússia concorde com sua renovação.

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