JR ENTREVISTA: Combustível é caro no Brasil por pouca competição, diz presidente da Refina Brasil
Evaristo Pinheiro destacou que a pouca quantidade de refinarias no Brasil influencia o preço do combustível ser mais caro
JR Entrevista|Do R7
O convidado do JR Entrevista desta quarta-feira (6) é o presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro. À jornalista Lívia Veiga, Pinheiro falou sobre o que define o preço da gasolina no Brasil, a dependência do dólar, soluções para o déficit de derivados e sustentabilidade no setor de refino. A Refina Brasil reúne as refinarias independentes do Brasil. Segundo Pinheiro, no Brasil só existem 19 refinarias, dessas nove pertencem a Petrobras e outra a estatal é sócia. Das que sobram, seis são associadas a Refina Brasil. O número pequeno de refinarias, segundo Pinheiro, é uma das principais explicações do motivo do combustível ser mais caro por aqui.
Para explicar, ele faz uma comparação com uma feira. "Quando você vai para uma feira você tem várias bancas oferecendo a mesma coisa, então você pode negociar. No mercado de refino, de combustíveis no Brasil, não funciona assim. Porque você tem poucas banquinhas para você comprar, você tem poucas refinarias", afirma. A título de comparação ele menciona que os Estados Unidos, que têm uma população um pouco maior do que a do Brasil, são 140 refinarias. "Essa é uma das principais explicações pelas quais o brasileiro precisa pagar mais caro no combustível, porque a gente tem pouca competição nesse mercado", diz.
Além disso, Pinheiro destaca que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, mas como não tem refinarias o suficiente, precisa importar o combustível. A refinaria é responsável por transformar o petróleo em derivados, como diesel, gasolina, GLP e querosene. "A gente produz mais petróleo do que a gente consome. Mas a gente não tem refinaria suficiente no Brasil para abastecer o nosso mercado interno. Então a gente é obrigado a importar 20% de tudo que a gente consome", explica.
Para resolver o problema, o presidente da Refina Brasil defende um mercado competitivo, podendo acessar o petróleo brasileiro. "A gente defende acessar o insumo brasileiro a um preço competitivo para poder atrair novos investimentos", destaca.
O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.
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