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JR ENTREVISTA: ‘Nosso negócio deixou de ser uma commodity’, diz líder das empresas de ônibus

Paulo Porto destaca que o transporte rodoviário brasileiro é hoje um dos mais tecnológicos do mundo, com sistemas de telemetria e monitoramento em tempo real

JR Entrevista|Do R7

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O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (15) é o presidente da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), Paulo Porto. À jornalista Natalie Machado, ele fala sobre a preponderância do transporte rodoviário no Brasil, a segurança e a competitividade surgidas a partir de novas regulações e os benefícios desse modal em relação ao setor aéreo.

Paulo Porto lembra que o principal meio de locomoção dos brasileiros entre cidades e estados é o ônibus. "Nós temos esse papel preponderante no Brasil de ser o principal modal, de estar presente na vida de todos desse país. Vamos a 5.400 municípios. O setor aéreo tem 150 aeroportos, dos quais só 30 são representativos", compara.

O presidente da Abrati, entidade que há 30 anos reúne empresas de transporte terrestre de passageiros, ressalta que o país se destaca no desenvolvimento de tecnologias para tornar o transporte rodoviário mais seguro, confortável e barato aos usuários.

"O nosso negócio deixou de ser um 'business de commodity' para um de muita tecnologia. O setor todo regulado hoje oferece uma tecnologia que não há no mundo. Somos pioneiros nas técnicas do transporte rodoviário, do ponto de vista da telemetria, de acompanhamento, inclusive da indústria", conta.

Um dos exemplos desse investimento citado por Porto é o monitoramento, em tempo real, dos motoristas nas estradas. "Temos tecnologias ótimas hoje, telemetria, câmeras de sensibilidade que detectam o cansaço, a exaustão do motorista em plena atividade. Na hora, acionam-se ferramentas que mostram que ele vai ter que parar no próximo ponto, que o despertam", conta.

Segundo Porto, o novo marco regulatório, em vigor desde 2024, proporcionou mais segurança jurídica a empresários e o consequente aumento de investimentos. O resultado, segundo ele, é uma maior oferta de preços competitivos. Paulo Porto ressalta que um dos objetivos é atrair usuários de baixa renda, que costumam buscar transportes irregulares por terem preços mais baixos.

"Quando você está comprando uma coisa muito barata, ou não se está pagando imposto ou não se está entregando a mercadoria que deveria entregar. A grande maioria dos acidentes no Brasil são de empresas que não são regulares, aquela empresa pirata, aquele fretamento", destaca.

"Nós crescemos em torno de 20% de 2024 para 2025. E por que estamos crescendo? Buscando justamente essa população, com horários e tarifas competitivas", afirma.

O JR Entrevista também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no RecordPlus.

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