JR Entrevista: ‘Taxa de juros é muito draconiana com o país’, diz Márcio Macêdo sobre Selic
Principal responsável pela articulação entre governo e movimentos sociais, ministro falou sobre os principais temas da semana
JR Entrevista|Do R7
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, ministro Márcio Macêdo, foi o convidado desta quarta-feira (3) do JR Entrevista. Em conversa com a jornalista Renata Varandas, ele falou sobre os principais temas da semana, inclusive a oscilação do dólar em relação ao real e a decisão do Banco Central de manter a Taxa Selic em 10,50% ao ano. “Essa taxa de juros é muito draconiana com o país. Nós somos a maior economia dos trópicos, nós somos um país continental, nós precisamos gerar emprego, gerar renda, o Brasil precisa crescer”, afirmou. Ele afirmou que deve existir “um movimento cívico” por uma taxa de juros “compatível com a realidade”. “Sinceramente não vejo nenhum motivo para aumentar juros, não tem nenhuma comprovação econômica de que tem algum risco de inflação. É mais especulação, é mais o lobby da especulação, é mais aqueles que torcem contra o Brasil, é mais a política do presidente do Banco Central”, complementou. Em outro ponto da conversa, Macedo também destacou as inovações do governo na liderança do G20, organização que reúne as principais economias do mundo em prol de desenvolver diretrizes comuns para as políticas econômicas locais. Neste período à frente do grupo, o Brasil incluiu a discussão de temas sociais em local de destaque o que, para o ministro, é uma proposta inédita para esta cúpula de chefes de estado. “Em todos os organismos internacionais que o presidente Lula presidiu, o Mercosul, a Cúpula dos Países Amazónicos, na participação dele na Celac [grupo que reúne América Latina e Caribe], em todos ele introduziu a participação social como instrumento para elaboração das políticas públicas (...). Então é uma criação brasileira”, explicou em relação à chamada trilha social do G20.
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