Tráfico usa aterro ilegal no Rio para expandir território
Empresas pagam taxas para descarte de lixo em área controlada por criminosos
JR na TV|Ri7a, a inteligência artificial do R7

No Rio de Janeiro, traficantes estão utilizando um aterro sanitário ilegal para ampliar suas áreas de influência e lucrar com taxas cobradas de empresas de descarte de lixo. A operação ocorre no conjunto de comunidades do Caju, na zona norte da cidade, onde a movimentação de caminhões vem sendo monitorada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) há seis meses.
A polícia executou 14 mandados de busca e apreensão em locais ligados a empresas suspeitas de envolvimento no descarte ilegal de resíduos. A investigação revelou que os criminosos cobram taxas para permitir o descarte em uma área de mangue próxima à comunidade, resultando em contaminação do lençol freático e destruição da vegetação nas margens da Baía de Guanabara, com um impacto ambiental estimado em quase R$ 5 milhões.
Imagens obtidas pela investigação mostram caminhões realizando pagamentos aos traficantes, indicando que o tráfico de drogas está lucrando com essa atividade ilegal. Entre as empresas investigadas está a Ciclus Ambiental, que presta serviços para a prefeitura do Rio de Janeiro. A administração municipal declarou que, se irregularidades forem confirmadas, aplicará as punições contratuais previstas. A Ciclus Ambiental afirma operar legalmente e se coloca à disposição das autoridades.
Além disso, parte dos resíduos estaria sendo usada para aterrar uma área desocupada, o que poderia aumentar significativamente o território sob controle da facção criminosa. A operação resultou na prisão de três suspeitos, um deles portando um fuzil.
Assista em vídeo - Rio: aterro sanitário ilegal estaria sendo usado por traficantes para expandir territórios
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