Backer pede autorização na Justiça para vender cerveja estocada
Ideia da empresa é comercializar os produtos que estariam sem risco de contaminação; Ministério diz que cervejaria deve garantir segurança
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Regiane Moreira, da Record TV Minas
A cervejaria Backer informou que pediu à Justiça autorização para vender um estoque de cervejas que não está contaminado.
Segundo a companhia, trata-se de 443 mil garrafas da bebida que estariam "de acordo com os padrões oficiais de identidade e qualidade estabelecidos" pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). A empresa alega que vai usar o dinheiro das vendas para pagar funcionários, fornecedores e vítimas das cervejas contaminadas com os anticongelantes dietiloglicol e monoetilenoglicol.
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O Mapa confirmou o interesse da empresa em reabrir a fábrica que está interditada desde janeiro deste ano. Segundo o órgão, o pedido só será atendido “após a cervejaria cumprir as exigências feitas pelo Mapa e ser capaz de garantir a segurança da produção futura”.
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Nesta terça-feira (9), a Polícia Civil concluiu as investigações sobre a intoxicação de pelo menos 29 consumidores. Funcionários da empresa foram indiciados por homicídio e lesão corporal, enquanto os sócios formam enquadrados por não retirar do mercado os produtos contaminados.
Segundo os investigadores, furos nos tanques de produção de cerveja causaram a contaminação.