Câmara de São Joaquim de Bicas (MG) cassa mandato de vereador envolvido em briga
Helder Francisco Lopes disse que vai recorrer da decisão; ele, a mulher e o secretário de governo brigaram após uma discussão
Minas Gerais|Michelyne Kubitschek, da Record TV Minas

A Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, aprovou a cassação do mandato do vereador envolvido em uma briga no primeiro turno das eleições gerais de 2022, nesta segunda-feira (26). Helder Francisco Lopes disse que vai recorrer da decisão.
A votação aconteceu em caráter extraordinário, mesmo com a Câmara municipal em recesso. O pedido de afastamento do cargo foi feito por um ex-vereador de São Joaquim de Bicas, Cassiano Samuel. Cerca de 11 parlamentares marcaram presença na audiência, incluindo Helder.
A movimentação na Câmara Municipal começou no início da manhã desta segunda-feira (26). Um grupo de mulheres fez um protesto contra a cassação e contra a violência contra a mulher.
A votação considerou quatro itens: a suposta agressão ao secretário, ameaça, omissão de relato no boletim de ocorrência e propagação de fake news. Todos os itens tiveram votos favoráveis à cassação do mandato do parlamentar. Após o resultado, Helder deixou o local carregado por apoiadores.
Entenda o caso
O vereador foi acusado de quebra de decoro parlamentar depois de se envolver em uma briga com o secretário de governo da cidade, Daniel Pereira de Almeida.
O funcionário da prefeitura, Helder e a mulher, Renata Bruno Santos, se envolveram em uma confusão na escola onde eles votam, no dia 02 de outubro deste ano, quando aconteceu o primeiro turno das eleições.
De acordo com Renata, ela conversava com outras mulheres quando começou a discutir com o secretário, que a teria ofendido. Os motivos não foram esclarecidos até o momento.
Testemunhas tentaram impedir a briga. Mas, o secretário de governo discutiu com um grupo de pessoas e, em seguida, chutou o celular de Renata.
Outro vídeo registrado no dia mostra Daniel e Renata brigando, deitados no chão e com pessoas separando a confusão. Na briga, Renata teve escoriações nos braços, pescoço e dedos. Ela ainda teve o celular quebrado enquanto filmava as agressões. A mulher denunciou o caso, que será decidido pela justiça.
O secretário, no entanto, alegou aos policiais que teria sido agredido e ameaçado de morte pelo vereador. “Os próprios policiais em oitivas na câmara desmentiram o fato”, disse o ex-vereador.