Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Casal preso por morte de menina de 10 anos matou outra criança

Primeiro crime ocorreu em março, um mês depois de a mãe sofrer um aborto; casal disse que foi orientado por 'forças sobrenaturais'

Minas Gerais|Lucas Pavanelli e Célio Ribeiro*, do R7

A Polícia Civil de Minas Gerais revelou que a primeira criança morta pelo casal suspeito de matar uma menina de 10 anos de forma brutal, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi assassinada entre os dias 15 e 17 de março deste ano.

Segundo o delegado Anderson Resende, responsável pelo caso, o padrasto Lucas Melo da Silva, de 25 anos, e a mãe, Deborah Almeida da Silva, de 31, teriam matado Stefany, de 4 anos de idade, após suposta orientação de “entidades sobrenaturais”, que teriam afirmado que a menina havia sido responsável pelo aborto sofrido por Deborah no mês anterior. 

— Eles relataram que a Stefany foi morta em Divinópolis e que eles teriam transportado o corpo até o bairro Taquaril, em Contagem, em um carro de aplicativo. Depois o casal, junto com a filha mais velha, foi passar férias no litoral da Bahia.

O assassinato de Stefany teria sido presenciado, inclusive, pela irmã Ana Lívia, de 10 anos, que foi morta entre os dias 21 e 22 de agosto. A justificativa apresentada pelo padrasto para o crime foi a mesma do anterior. Segundo ele, o homicídio também teria sido “orientado” por “entidades sobrenaturais” após Deborah engravidar novamente.


— Ana Lívia teria sido morta com chineladas, socos, facadas, golpes de madeira e ainda teve o corpo queimado com cigarro. Ela também foi espancada nos órgãos genitais, que estão dilacerados. Após as agressões, o casal ainda jantou no interior da residência com a criança viva e agonizando. Na madrugada seguinte, a criança morreu e foi colocada em uma capa de colchão.

Corpo estava embaixo de uma cama
Corpo estava embaixo de uma cama

Relação com o ex-marido


As investigações da Polícia Civil apontam que o casal tinha a intenção de envolver o ex-companheiro de Deborah, e pai de Ana Lívia, Rafael, no crime.

Registros telefônicos apontam que eles ligaram para o homem no dia da morte da menina e tentaram marcar um encontro dele com o casal, mas o pai da criança teria sido convencido pelo irmão a não ir ao local.


— Eles queriam responsabilizar o Rafael, mas não sabemos como. Talvez falar que entregaram a Ana Lívia viva para o pai e ela morreu com ele. Ainda precisamos apurar.

Rafael teria acompanhado boa parte do trabalho da Polícia Civil, na esperança de que a filha mais nova ainda estivesse viva. Segundo os delegados, o homem ficou “completamente arrasado” após descobrir que Stefany estava morta.

Noção da culpa

O delegado Anderson Resende ressaltou, durante a coletiva de imprensa, que, apesar das alegações da influência das “entidades sobrenaturais”, o casal tinha noção dos crimes que estavam cometendo.

— Apesar de fanáticos religiosos, eles têm consciência de culpa, já que eles fugiram após os dois assassinatos. O Lucas não resistiu à prisão. Essa história de entidade espiritual é falha.

Apesar disso, o delegado relata que Deborah só confessou os crimes após o Lucas, que seria a “autoridade espiritual”, autorizar que ela contasse detalhes do caso aos policiais.

Os investigadores também descobriram que a relação entre o casal e a família de Deborah não é boa. Durante os depoimentos, Lucas teria afirmado que preferia que a filha dela fosse criada pelo ex da companheira, Rafael, do que pela família materna.

Homicídio brutal

O casal foi preso, suspeito de matar uma criança de 10 anos de idade em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A menina foi encontrada morta debaixo da cama, enrolada em lençóis, dentro de um barracão, onde vivia com a mãe e o padrasto.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, as investigações começaram na terça-feira (24), depois que um vizinho encontrou o corpo no imóvel. O fiscal de loja, Ivanildo dos Santos Luz, entrou no barracão após sentir um forte cheiro vindo do local. O corpo estava em estado avançado de decomposição e ele suspeitou que se tratava de Ana Livia Almeida Contarini, de 10 anos de idade.

A polícia conseguiu localizar e prender o padastro da menina, Lucas Melo da Silva, de 25 anos, no aglomerado Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte. A mãe, Deborah Almeida da Silva, de 31 anos, foi presa na Santa Casa. 

*​Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.