Cinco secretários de Romeu Zema vão receber gratificação de estatal
Assembleia Geral da Cemig confirmou nomes de cinco titulares de pasta e um subsecretário, que vão receber entre R$ 10,7 mil e R$ 13,7 mil por mês
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) confirmou nesta quinta-feira (8) os nomes de cinco secretários e um subsecretário do Governo de Romeu Zema (Novo) como membros do Conselho Fiscal da empresa.
Os secretários Gustavo Barbosa (Fazenda), Elizabeth Jucá (Impacto Social) e Marco Aurélio Barcelos (Infraestrutura e Mobilidade) foram eleitos membros titulares do colegiado e vão receber R$ 13,7 mil mensais para participar de uma reunião da empresa.
Já os titulares das pastas de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, e de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, além do subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vinicius Lobato Garizo Becho, foram confirmados como membros suplentes no Conselho Fiscal e, por isso, vão receber R$ 10,7 mil mensais.
Elizabeth Jucá e Marco Aurélio Barcelos recebem, por mês, R$ 10 mil. Com a gratificação do colegiado, vão elevar os salários para R$ 23,7 mil. O contracheque de Germano Vieira vai a R$ 22,7 mil (ele também recebe gratificação da Cohab Minas no valor de R$ 2 mil, desde a gestão de Fernando Pimentel).
O salário de Gustavo Barbosa é R$ 5 mil e, com a gratificação da Cemig, vai a R$ 18,7 mil. Já Carlos Eduardo Amaral recebe R$ 17,6 mil de salário e vai passar a ganhar R$ 28,3 mil. Já o subsecretário Vinicius Becho, que recebe R$ 11 mil, terá no contracheque R$ 21,7 mil. As informações estão disponíveis no Portal da Transparência.
As gratificações pagas por empresas estatais, chamadas de jetons, também já foram concedidas à secretária de Educação, Júlia Sant'Anna, que recebe R$ 8,3 mil da Light e mais R$ 8 mil da Taesa, ambas subsidiárias da Cemig. Já o secretário de Governo, Custódio Mattos, leva R$ 8,3 mil da Light.
'Jetons'
O governador Romeu Zema (Novo) vetou em junho deste ano uma proposta feita por deputados estaduais que proibia o pagamento de "jetons" a secretários de Estado como forma de aumentar os salários de titulares de pastas no Executivo.
À época, Zema disse que reviu o posicionamento que tinha sobre o uso das gratificações. "Durante a campanha, defendia a tese de separação completa do exercício de cargo de secretário em relação à participação em conselhos. Mas, agora, ao constatar a realidade efetiva do Estado, revi o conceito e atesto a utilidade de ter membros do Executivo no conselho fiscal", afirmou.