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Construtora do viaduto que caiu em BH e mineradora da Serra do Curral são do mesmo grupo

Dados da Receita Federal e do processo de licenciamento do complexo minerário indicam relação entre as duas empresas

Minas Gerais|Priscilla de Paula, da Record TV Minas

Dados da Receita Federal mostram que a construtura responsável pelo viaduto que caiu durante a Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, está entre os sócios da Tamisa, mineradora autorizada a atuar na Serra do Curral, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A Tamisa foi criada em 2010. A matriz fica em Nova Lima e o contato indicado é o e-mail marcio@cowan.com.br. No primeiro estudo de impacto ambiental, feito em 2014, existe a explicação de que a Tamisa era fruto de uma sociedade composta por empresas do setor de construção civil pesada, mineração e siderurgia - entre elas, a Cowan.

A Cowan é uma das principais construtoras do país. A empresa atua na construção pesada e já ganhou editais em diferentes estados. O acidente com o viaduto Guararapes, em Belo Horizonte, aconteceu em julho de 2014, matando duas pessoas e deixando 23 feridas. Seis engenheiros foram condenados pela Justiça.

No estudo de impacto ambiental feito em 2019, há praticamente a mesma descrição do empreendedor, mas desta vez, o nome da Cowan não aparece. No parecer único da Secretaria de Estado de Meio Ambiente sobre a mineração na Serra do Curral, consta que a água usada na fase 1 será retirada de um poço da Cowan, que cedeu o recurso à Tamisa.

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A reportagem também teve acesso a um parecer técnico feito pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2021 que indica relação do complexo minerário com a empresa proprietária da fazenda Ana da Cruz, local onde deve ocorrer a mineração. "A Taquaril Mineração S/A pertence ao grupo TAMISA (Grupo Cowan)", diz trecho do documento do município.

A propriedade fica entre Nova Lima e Sabará e tem cerca de 1.200 hectares. As fases 1 e 2 da mineração na serra pretende explorar 102 hectares do terreno.

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O presidente da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), Flávio Roscoe, destacou nesta semana que uma estrada de sete quilômetros será construída para ligar a BR-262, em Sabará, até mina na Serra do Curral para escoar a produção e reduzir os impactos.

Procurada, a assessoria que representa a Tamisa e a Cowan negou a relação entre as companhias.

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Impactos ambientais

Em entrevista à Record TV Minas nesta quarta-feira (4), Leandro Amorim, consultor da Tamisa, negou as acusações de que o projeto vai provocar impactos ambientais na região metropolitana de Belo Horizonte. O representante da companhia sustentou que a aprovação do empreendimento junto aos órgãos oficiais foi baseada em estudos técnicos que garantem a segurança da iniciativa. "Os estudos feitos mostram como o ruído e a poeira não vão impactar como está sendo falado", afirmou. 

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