Escola infantil de BH suspende aulas por suspeita de covid-19
Três funcionários da EMEI Pilar Olhos D'Água estão com suspeita de contaminação; aulas voltaram na unidade no início da semana
Minas Gerais|Lucas Pavanelli e Pablo Nascimento, do R7
A EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Pilar Olhos D'Água, localizada na região Oeste de Belo Horizonte, suspendeu as aulas na unidade, para as crianças de três anos de idade, após constatar suspeita de contaminação pela covid-19 em três funcionários da unidade. As aulas presenciais retornaram na rede municipal da capital mineira na última segunda-feira (3).
A direção da EMEI comunicou os pais e responsáveis sobre a suspeita de contaminação de servidores por meio de uma rede social. Na postagem, a EMEI Pilar Olhos D'Água afirmou que "as aulas estão sendo suspensas até que saia o resultado do teste para Covid dessas três pessoas".
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Ainda segundo o comunicado, caso o resultado do teste seja negativo, as aulas serão retomadas na sequência. Em caso de teste positivo, as atividades ficam suspensas por 14 dias.
A reportagem entrou em contato com a diretora da EMEI Pilar Olhos D'Água, que disse não estar autorizada a falar sobre o assunto. Também procuramos a Smed (Secretaria Municipal de Educação), que ainda não retornou pedido sobre posicionamento sobre este assunto.
Nesta quinta-feira (6), a pasta retornou pedido de informação da reportagem, que perguntou se havia sido registrada alguma suspensão de atividades relacionada a suspeita de contaminação entre alunos. Segundo a pasta, uma criança teve "sintomas indefinidos", com coriza não persistente e tosse associada a um quadro alérgico.
"O caso foi encaminhado à Secretaria de Saúde que definiu pelo acompanhamento da criança e monitoramento dos demais estudantes da unidade, sem a necessidade de suspensão da bolha", diz nota da secretaria.
Protocolo
De acordo com o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde para a volta às aulas em Belo Horizonte, tanto na rede particular, como na pública, os alunos estão sendo divididos em "bolhas" e têm entrada separada, por horário, nas unidades.
Em caso de sintomas de alunos, os pais não podem levar as crianças para a aula. Caso elas apresentem sintomas em sala de aula, a "bolha" a qual ela pertence fica em quarentena. Em caso de confirmação da covid-19, por meio de exame, as aulas ficam suspensas para o grupo durante 14 dias.
Greve sanitária
A volta às aulas na rede particular voltaram no dia 26 de abril e, na rede municipal, na última segunda-feira (3). Cerca de 10% das escolas da rede municipal não abriram as portas devido aos efeitos de uma greve sanitária deflagrada pelos trabalhadores em educação. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, 32% dos professores aderiram à greve.
Para o Sind-REDE, sindicato que representa a categoria, são cerca de 60% dos trabalhadores que decidiram não comparecer ao trabalho presencial. Nas EMEIs, são 40% do total, de acordo com a presidente da entidade, Vanessa Portugal.
— Os pais não estão enviando as crianças para as escolas. Por isso, teoricamente, não se vê o efeito da greve, mas este é um dos principais efeitos, e o que desejamos, diminuir o risco de contágio.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou ter afastado três servidores de apoio e administração na EMEI, após eles terem apresentado sintomas de covid-19. "A Secretaria Municipal de Saúde está ciente da situação e afastou os profissionais até a realização do teste e resultado. É importante esclarecer que o caso segue sendo acompanhado, assim com a adoção de medidas preventivas no local", afirma o Executivo, em nota.
As aulas seguem conforme calendário da Secretaria Municipal de Educação.