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Ex-senador diz que a esposa se vacinou com falsa enfermeira

Clésio Andrade afirma ter relatado à PF que a companheira pagou R$ 3.600 para os irmãos dele também se imunizarem em BH

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Senador disse que não foi vacinado
Senador disse que não foi vacinado Senador disse que não foi vacinado

A defesa do ex-senador Clésio Andrade informou à reportagem, nesta quarta-feira (14), que o político relatou à Polícia Federal que a esposa dele, Gisa Andrade, recebeu a suposta vacina contra a covid-19 aplicada por uma falsa enfermeira, em uma garagem de ônibus de Belo Horizonte, no último mês de março.

Segundo a equipe do político, ele afirmou em depoimento que não recebeu o medicamento, mas confirmou levou Gisa à garagem da empresa Coordenadas, ligada ao Grupo Saritur.

O também ex-vice governador de Minas Gerais disse que soube da aplicação das doses "durante conversa telefônica com um amigo, sobre temas do transporte", mas não teria se interessado. ", "Gisa Andrade, se interessou pela oferta por ser portadora de doença crônica e tomou a frente para se vacinar", relatou a defesa de político.

Segundo Andrade, a companheira pagou R$ 3.600 para que ela e os irmãos dele pudessem ser vacinados. Ele afirmou, no entanto, não encontrou com os parentes na garagem de ônibus e não sabe se eles tomaram a injeção. O depósito teria sido feito na conta de Igor Torres, filha da falsa enfermeira Mônica Pinheiro Torres de Freitas.

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O político ainda afirma que Gisa levantou os dados de Torres e Cláudia após o esquema de vacinação ser divulgado pela imprensa. Segundo ele, com a ajuda de amigos do casal, a esposa levantou a "ficha criminal" do jovem e alertou os parentes.

"Clésio Andrade disse ao delegado que repassou as informações sobre Igor e sua mãe aos irmãos Lessa para informá-los de que tinham sido vítimas de uma fraude e tranquilizá-los, pois não tinham cometido crime algum", explicaram os advogados.

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A reportagem procurou a Polícia Federal para confirmar a veracidade do conteúdo do depoimento, mas ainda não teve retorno.

Mudanças de posicinamento

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Em reportagem que revelou o caso, Clésio Andrade disse à revista Piauí que foi vacinado gratuitamente na garagem. Questionado pelo R7 na época, ele negou as declarações e afirmou que estava em isolamento no Sul de Minas Gerais.

Em novo contato com a reportagem, na última semana, Andrade disse que esteve na garagem, mas que não teria sido vacinado. Segundo ele, apenas parentes teriam recebido o imunizante. O político disse, ainda, que não iria informar quais familiares para não expô-los.

Investigação

A Polícia Federal ainda não descobriu se as vacinas aplicadas pela falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas são falsas. Na casa dela foram encontradas seringas novas e usadas, soro fisiológico e imunizantes contra gripe.

Algumas pessoas que teriam contratado os serviços da mulher que é cuidadora de idosos fizeram exames que indicaram que elas não estão imunes contra a covid-19. Os laudos foram entregues à polícia e vão passar por perícia.

Cláudia ficou presa por quatro dias e foi solta após conseguir um habeas corpus, no último dia 3 de abril. No último dia 8, a Justiça Federal atendeu um pedido da defesa da investigada e anulou os pedidos de prisão que foram classificados como ilegais.

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