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Filhos de promotor preso em BH vão ficar com médico da família

Segundo parentes, promotor e a esposa morta na última semana teriam feito documento indicando a guarda para o amigo

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Polícia investiga morte de Lorenza
Polícia investiga morte de Lorenza Polícia investiga morte de Lorenza

Os cinco filhos do promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho, preso suspeito de matar a esposa Lorenza Maria Silva de Pinho, vão ficar sob a guarda de um casal de amigos da família, temporariamente.

A informação foi confirmada à reportagem, nesta terça-feira (6), pelo pai de Lorenza.

Segundo Marco Aurélio Silva, os netos vão ficar com o médico que acompanha a família Pinho. Ele seria o profissional responsável por ter realizado cirurgias batriátricas em Lorenza e em uma das filhas dela.

Silva contou ao R7 que foi informado pelo Conselho Tutelar que Lorenza e o marido haviam deixado um documento indicando o médico da família como tutor dos filhos em eventual falta dos pais. O avó dos garotos que têm entre 2 e 17 anos estranhou o conteúdo, mas disse que vai seguir a orientação.

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— Posso não concordar, mas decisão da Justiça é preciso cumprir.

A decisão foi tomada durante audiência realizada nesta terça-feira (6), na Vara da Infância e Juventude do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). Ontem a Justiça ouviu os filhos mais velhos de Lorenza e Pinho.

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Robson Lucas, advogado do promotor André Pinho, disse que não pode comentar sobre a decisão da audiência por se tratar de uma audiência envolvendo menores. No entanto, o advogado avaliou que, na visão da defesa, a medida foi a melhor para a família.

Lorenza e o marido já foram alvo de ataques e tentantivas de assassinato. Criminosos já fecharam a fazer disparos de metralhadora contra a fachada do prédio onde eles viviam. O advogado da família não comentou se a carta indicando a guarda tem relação com os fatos.

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— A decisão foi consensual entre o Ministério Público, a Defesa e o juiz a partir do processo de ouvir as pessoas que se habilitaram a ficar com a guarda provisória.

Os filhos do casal estavam em casa quando a Polícia Civil prendeu o pai deles no último domingo (4), no apartamento da família, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. Desde então eles eram cuidados por parentes e amigos.

Procurado, o TJMG informou que não pode detalhar a sentença por "se tratar de processo envolvendo menores de idade, o mesmo tramita em segredo de Justiça".

Relembre o caso

Lorenza Maria Silva de Pinho morreu na madrugada da última sexta-feira (2), aos 41 anos, no apartamento em que ela morava com o marido, o promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho e os cinco filhos do casal, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.

André de Pinho alegou, em depoimento, que a mulher teria se engasgado. Ele disse que chamou uma ambulância do Hospital Mater Dei e, quando eles chegaram, ela já estaria morta. O primeiro laudo médico do óbito, antes de as investigações começarem, dizia que Lorenza morreu por autointoxicação, mas a perícia indicou ter encontrado sinais de violência no corpo da mulher.

Leia também: Promotor teria relação conturbada com família da esposa morta

De posse do laudo do óbito assinado por um médico, ele teria levado o corpo de Lorenza diretamente para uma funerária, onde ela seria cremada. No entanto, a Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais determinaram que o corpo fosse encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal), onde permanece até hoje.

A defesa de Pinho alega que o corpo de Lorenza ficou marcado devido às manobras de socorro realizadas pelos médicos durante o atendimento.

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