Minas Gerais Gestão Zema aciona Justiça contra ato que viabiliza votação do IPVA

Gestão Zema aciona Justiça contra ato que viabiliza votação do IPVA

Governo questiona manobra que pautou congelamento do imposto antes da ALMG votar o Regime de Recuperação Fiscal

  • Minas Gerais | Ana Gomes, Do R7

Projeto será votado nesta quarta-feira (15)

Projeto será votado nesta quarta-feira (15)

Gil Leonardi / Imprensa MG

O Governo de Minas Gerais afirmou, na manhã desta quarta-feira (15), que entrou na Justiça contra a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) para anular os atos do presidente, Agostinho Patrus (PV), que permitia votar o congelamento do IPVA 2022.

Por meio de nota, o executivo comunicou que entrou com uma liminar sobre as decisões que alteraram os trâmites em regime de urgência do projeto que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal. (confira a nota abaixo)

A ALMG alegou que não foi informada sobre o pedido de liminar e que, neste momento, uma reunião acontece na casa para a discussão do assundo. 

Confira a nota na íntegra do Governo de MG:

O Governo de Minas, por meio da Advocacia Geral do Estado (AGE-MG), entra nesta quarta-feira (15/12) com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para a anulação dos atos da Presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que alterou os ritos sobre a tramitação em regime de urgência do projeto que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal.

Na avaliação jurídica da AGE, a Assembleia descumpriu a Constituição do Estado e o Regimento Interno da ALMG  ao permitir a apreciação de outras propostas legislativas antes da votação do projeto de Recuperação Fiscal. Tanto o artigo 69º de Constituição do Estado quanto o artigo 208º do Regimento da ALMG preveem que os projetos em regime de urgência a pedido do governador deverão "ser incluídos na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos".

O Governo de Minas respeita a autonomia da Assembleia nas tramitações legislativas e defende o debate democrático das propostas, mas desde que sejam realizados estritamente dentro das normas jurídicas previstas. A Constituição do Estado e o Regimento da Assembleia existem justamente para promover equilíbrio, justiça e restringir as possibilidades para que outros interesses influenciem as decisões que afetam a vida do povo mineiro.

Diante desse impasse, o Governo de Minas reitera seu compromisso em garantir que o cidadão mineiro não seja impactado pelo reajuste expressivo do IPVA. Por isso, os técnicos do Estado estudam outras alternativas administrativas para que a alteração do cálculo do IPVA possa ser realizada mesmo sem uma definição da ALMG.

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