Governo assina contrato e Grupo Comporte assume operação do metrô de BH
Empresa privada será responsável pelo serviço e deverá revitalizar estações e construir nova linha até o Barreiro
Minas Gerais|Do R7
O Governo de Minas Gerais e o Grupo Comporte assinaram, nesta quinta-feira (23), o contrato de concessão do metrô de Belo Horizonte e região metropolitana. Com a medida, a empresa já passa a ser a nova operadora do serviço.
O contrato tem validade de 30 anos. Além de administrar o sistema, a companhia terá a responsabilidade de revitalizar as 19 estações da Linha 1, construir a 20ª e construir a Linha 2 que contará com sete estações.
A Linha 1 atualmente tem 28,5 quilômetros, entre a estação Vilarinho, na região de Venda Nova, em BH, e o terminal Eldorado, em Contagem, na Grande BH. O circuito passará a ter a estação Novo Eldorado, a Linha 2 irá do bairro Calafate, na região Oeste de Belo Horizonte, à regional Barreiro.
As reformas estão previstas para iniciar já em 2023. As novas estações devem começar a ser entregues em 2026. Em 2028 todas já estarão operando. Até lá, a empresa espera transportar 270 mil passageiros por dia. Atualmente, a média diária é de 100 mil.
A Comporte espera gerar 28 mil empregos diretos e indiretos durante o contrato de concessão. A empresa arrematou o direito de operar o serviço em um leilão na B3, em dezembro de 2022, por R$ 25,7 milhões.
A expectativa é que o sistema receba R$ 3,7 bilhões em investimentos. Do total, R$ 2,8 bilhões foram liberados pelo Governo Federal. Outros R$ 440 milhões foram liberados pelo Governo Estadual por meio do acordo bilionário que a Vale pagou ao Estado em reparação pelo rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande BH, em janeiro de 2019.
Quando o serviço foi leiloado, representantes do Governo de Minas explicaram à reportagem que, inicialmente, a Comporte vai trabalhar em conjunto com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) durante uma fase de transição. A reportagem tenta contato com a vencedora da licitação para ter detalhes sobre a fase provisória.
O acordo firmado com o poder público prevê que a empresa deverá garantir estabilidade de ao menos um ano para os servidores da CBTU, que serão incorporados no quadro de funcionários. A mudança motivou uma greve dos trabalhadores durante 34 dias seguidos este ano.