Governo de Minas confirma falta de anestésicos na rede pública
Medicamento é fundamental para tratamento de pacientes que estão internados em leitos de UTI; Minas registrou recorde de óbitos de covid-19
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou nesta quarta-feira (17), em uma live em sua página no Facebook, que o Estado enfrenta uma dificuldade de aquisição de medicamentos anésticos, fundamentais para o tratamento de pacientes com covid-19 que precisam ser internados em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
— Temos um problema novo, a falta de anestésicos. Desde o início da pandemia estamos correndo atrás da falta de leitos de UTI, de respiradores para que não falte assistência médica a ninguém. No entanto, nos últimos dias, semanas, esses medicamentos, fundamentais para os pacientes, começaram a ficar em falta em várias regiões do país.
Conforme a SES-MG, a taxa de ocupação geral de leitos de UTI está em 75% e, nos leitos de enfermaria, a taxa é de 73%.
Covid em Minas
Minas Gerais registrou nesta quarta-feira (17) o recorde diário de óbitos em decorrência da covid-19. Foram 35 mortes registradas, conforme boletim epidemiológico da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais). Com isso, o total de óbitos foi a 537.
O Estado também registrou 1.323 novos casos da doença, o que fez o total de registros subir para quase 24 mil.
A maior partes das mortes registradas são de homens (54%). As pessoas com mais de 60 anos representam 73% das vítimas da doença causada pelo novo coronavírus e 84% delas tem algum tipo de doença, como diabetes, hipertensão, e problemas de coração.
A covid-19 está presente em 585 das 853 cidades mineiras. Destas, 159 tiveram pelo menos um morador morto com a doença.