Grande BH discute ameaça de falta de água por risco em barragens
Representantes de 20 municípios se reúnem na Câmara de Belo Horizonte para traçar estratégia de mobilização e debater impacto da mineração
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
Representantes de 20 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte se reúnem nesta quinta-feira (25) na Câmara Municipal da capital mineira para discutir o impacto da mineração no abastecimento de água dessas cidades.
No dia que marca os seis meses do rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, prefeitos e vereadores desses municípios temem que outro colapso possa afetar as bacias dos rios Paraopeba e Velhas, que cortam a Região Metropolitana e resultar em falta de água na Grande BH.
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Metade de todo o consumo de água da região, composta por 34 cidades, e que tem cerca de 6 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE, vem do sistema Paraopeba, que foi impactado pela lama de rejeitos de minério de ferro da barragem da Vale.
Especialistas calculam que, se algo parecido acontecer em uma barragem localizada na bacia do rio das Velhas, o fornecimento de água poderia ser interrompido para até 40% da Região Metropolitana de Belo Horizonte e em torno de 70% da população da capital mineira. Municípios como Sabará e Raposos dependem integralmente da captação de água do Sistema Integrado do Rio das Velhas.
Foram convidados para o encontro a Prefeitura de Belo Horizonte e as Prefeituras e Câmaras Municipais de Contagem, Betim, Esmeraldas, Sabará, Santa Luzia, Nova Lima, Raposos, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Brumadinho, Sarzedo, Ibirité, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Mário Campos, Mateus Leme, Juatuba, Lagoa Santa, São José da Lapa e Pedro Leopoldo.