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Belo Horizonte pode ter que racionar água a partir de 2020

Sem chuva suficiente e captação no rio Paraopeba, moradores podem sofrer com rodízio graças ao rompimento de barragem da Vale

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Estação Rio Manso não pode mais captar água no rio Paraopeba
Estação Rio Manso não pode mais captar água no rio Paraopeba Estação Rio Manso não pode mais captar água no rio Paraopeba

Cerca de 4,5 milhões de moradores de Belo Horizonte e região metropolitana podem ter que enfrentar um racionamento de água já no ano que vem. A conclusão é da Copasa (Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais), que atende a região. 

Representantes da estatal compareceram a uma audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Barragens, na Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta quinta-feira (4).

Há dois motivos para o alarme: o nível de chuvas e a falta de captação de água no rio Paraopeba, contaminado pela lama de rejeito de minério que vazou da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Na Bacia do Paraopeba, a captação de água passou de 10,7 mil litros por segundo para 7,3 mil litros por segundo. 

Veja mais: Governo de MG processa Vale para evitar racionamento de água em BH

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Com a falta de captação de água no local, o volume dos reservatórios que abastecem a região metropolitana está diminuindo. Segundo o diretor de Operações Metropolitanas da Copasa, Rômulo Tomaz Perilli, em maio do ano passado - oito meses antes do rompimento da barragem e da interrupção da captação de águia no rio Paraopeba - o nível dos reservatórios estava em 77%. Em maio deste ano, o índice caiu para 74%. 

“No final de 2020 podemos chegar ao volume morto dos reservatórios, que é quando a água fica abaixo das comportas e a sua captação fica bem mais complicada de ser feita, caso a situação de 2013/2014 de poucas chuvas se repita”, afirmou.

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Novas obras de captação

Em audiência de conciliação, a Vale, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho, se comprometeu a construir uma novo sistema de captação de água no leito do rio Paraopeba. A estação vai ficar 12 km acima da Estação de Tratamento de Água do Rio Manso, que foi construída a apenas quatro anos e custou R$ 128 milhões aos cofres públicos.

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A conclusão das obras está prevista para setembro do ano que vem. Mas, para evitar o racionamento, a Copasa negocia para que a captação comece já em junho, mesmo que de forma improvisada.

“Mesmo que a obra não esteja totalmente concluída, podemos começar o bombeamento em junho. Estamos nos reunindo para que tudo seja feito com urgência, inclusive retirando empecilhos burocráticos”, garante Perilli. 

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