Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Hospital Infantil João Paulo 2º pode suspender atendimento de urgência em BH 

Instituição está com defasagem no número de médicos e atendimento já está prejudicado

Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

Em alguns dias, o serviço de urgência já está sendo suspenso
Em alguns dias, o serviço de urgência já está sendo suspenso Em alguns dias, o serviço de urgência já está sendo suspenso

Por falta de médicos, o serviço de urgência do Hospital Infantil João Paulo 2º, única unidade de saúde pública de Minas Gerais especializado no atendimento a crianças e adolescentes, pode ser cancelado a partir do mês de agosto. 

Segundo a diretora clínica da instituição, Rosiléa Alves da Silva, a situação já reduziu pela metade o número de atendimentos realizados mensalmente no hospital. Em alguns dias, o hospital fica o dia inteiro sem atendimento de urgência. Isso porque atualmente há apenas seis médicos trabalhando, enquanto a necessidade seria de pelo menos 35 profissionais.

— Corremos o risco de fechamento porque o atendimento caiu 75% comparando o ano passado com este ano. E isso é muito triste porque os pacientes estão ficando sem assistência.

Leia mais notícias no R7 MG

Publicidade

Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play

A atendente de vendas Míriam de Fátima Rodrigues saiu nessa segunda-feira (6) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, para trazer a filha de seis meses de idade para ser atendida no hospital. Mas, encontrou as portas da unidade fechadas.

Publicidade

— Infelizmente, um pediatra lá também está difícil e, por isso, vim para uma consulta aqui, mas vou ter que voltar outro dia.

A situação se repetiu com várias outras mães e, de acordo com a diretora do Hospital Infantil, a única solução para a manutenção do atendimento seria a realização de um concurso público imediato para a contratação de novos médicos.

Publicidade

— Acreditamos que se tivesse um concurso imediato, com chamada ainda este ano de 40 ou 45 médicos, já resolveria em grande parte a situação.

A falta de estrutura também foi apontada como outro problema da instituição. Rosiléa afirma que um prédio em obras anexo à unidade está infestado de escorpiões, o que assusta pacientes e trabalhadores.

Para evitar um agravamento do problema, que pode culminar no fechamento do hospital, a Asthemg (Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais) está organizando um abraço ao hospital infantil. A manifestação está prevista para ser realizada na próxima quarta-feira (8).

Em nota, a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) reconheceu que faltam profissionais e informou que isso aconteceu devido a aposentadorias, demissões e exonerações. A falta de concurso público também contribuiu para que a situação, mas a Fundação disse que não há previsão para realização de novo processo de seleção. O órgão também negou o fechamento da unidade.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.