O número de incêndios florestais em Minas Gerais no mês de setembro foi 22% maior em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com os dados do CINDS (Centro Integrado de Informações de Defesa Social).
O Estado registrou, no último mês de setembro, 4.817 incêndios florestais, 884 registros a mais do que no mesmo período do ano passado. No caso dos incêndios em matas e florestas de Belo Horizonte, houve uma redução de 10%, assim como na região metropolitana da capital, que teve, em setembro de 2020, 25% menos incêndios do que no mesmo período do ano passado.
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No caso dos registros florestais ocorridos entre janeiro e setembro deste ano em Minas Gerais, o número teve alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os incêndios registrados apenas em BH tiveram queda de 29%, número próximo ao daqueles registrados na região metropolitana, que caíram 30%.
Tendência
Nos últimos dois meses, a alta de incêndios no Estado foi mais significativa, com os meses de agosto e setembro superando quase em 1.000 ocorrências os mesmos meses do ano passado. Segundo o Tenente Pedro Aihara, caso Minas Gerais não receba chuvas significativas até dezembro, a tendência é que o número total de incêndios no ano de 2020 ultrapasse os registros de 2019.
— Agosto e setembro são meses mais quentes, com menos chuva. O resultado é a alta nos focos de incêndio, que já superam o mesmo período de 2019. Se não houver nenhuma alteração climática, a tendência é ultrapassar o número de incêndios do último ano.
Percepção
A queda de 10% nos incêndios em BH no mês de setembro em relação ao mesmo período do ano passado pode causar estranheza aos moradores da capital, já que, diariamente, são divulgadas imagens de casos relacionados. Aihara esclarece que os dados podem não ser o esperado pelo senso comum e é preciso analisá-los de forma cuidadosa.
— Um incêndio na Serra do Cipó ou no Parque do Ibitipoca consome grandes áreas de vegetação, mas não deixa de ser uma única ocorrência. Embora o número de casos esteja próximo com o do ano passado, a situação em 2020 está pior.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel