A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia contra o caminhoneiro, de 49 anos, envolvido no acidente que resultou em 39 mortes, na BR-116, em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte, em dezembro de 2024. A Justiça também aceitou as denúncias contra o dono da empresa responsável pelo veículo.Os dois responderão por 39 homicídios, com os qualificadores de uso de meio que resultou em perigo comum e que dificultou a defesa das vítimas, além de tentativa de homicídio contra 11 sobreviventes.Sozinho, o motorista Arilton Bastos Alves também foi denunciado por omissão de socorro e por fugir do local. Já o dono da empresa, Hudson Foca, responderá ainda por falsidade ideológica, por inserir ou ordenar a inserção de informações falsas na documentação do material para esconder excesso de peso. Em data ainda a ser marcada, o juiz vai decidir se pede que o caso seja analisado ou não por júri popular. A decisão de aceitar as denúncias foi do juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni. Além disso, Ferraz determinou, também, a manutenção da prisão preventiva do motorista, que está preso desde o dia 21 de janeiro.Segundo a investigação da Polícia Civil, a carreta transportava dois blocos de quartzito, que juntos pesavam 80,68 toneladas. O sobrepeso era de 77%, informaram os peritos. Ao fazer uma curva em alta velocidade, o segundo semirreboque tombou, atingindo um caminhão-baú que passava ao lado.O impacto fez com que um dos blocos, de 36,43 toneladas, se desprendesse e atingisse um ônibus da linha São Paulo (SP) – Elísio Medrado (BA), que seguia na pista contrária. O coletivo explodiu e foi tomado pelo fogo. Um carro e uma caminhonete que vinham atrás também se envolveram no acidente.