Justiça inclui sócios da Backer em processo após tentativa de fraude
Em fevereiro, sócios da cervejaria deixaram a sociedade em outra empresa, o que chamou atenção do juiz; agora, eles estão citados no processo
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a inclusão dos nomes dos sócios da Cervejaria Backer no processo que apura indícios de contaminação da cerveja Belorizontina.
As investigações, que completaram quatro meses nesta semana levam em conta a contaminação de 42 pessoas - nove morreram devido à intoxicação por dietilenoglicol encontrada em diversos lotes da cerveja.
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Para a Justiça, a inclusão dos nomes dos sócios se justifica poque houve indícios de fraude durante o processo. De acordo com a decisão do juiz Sérgio Fernandes, responsável pelo caso, a inclusão das pessoas físicas (e não somente os CNPJs das empresas ligadas aos sócios) se deu porque dois sócios tentaram retirar nomes de empresas do grupo como forma de dificultar o acesso ao patrimônio da Backer e, consequentemente, inviabilizar o pagamento de indenizações às famílias vítimas de intoxicação.
Uma dessas empresas é a Empreendimentos Khalil LTDA, ligada ao ramo imobiliário. Em fevereiro deste ano, um mês após o início das investigações contra a Backer, sócios da cervejaria deixaram o quadro societário da companhia.
Na época, a movimentação justificou uma determinação da própria Justiça em determinar o bloqueio dos bens da companhia. Até o momento, segundo a defesa das vítimas, apenas uma família conseguiu acordo judicial para que pudesse receber auxílio custeado pela Backer.
Em nota, a cervejaria disse que !nunca agiu sob qualquer pretexto de fraude e que vai recorrer da decisão".