Justiça nega pedido de exame de insanidade mental para acusado de matar jovem em BH
Corpo de Clara Maria, de 21 anos, foi encontrado enterrado em quintal de casa após ficar três dias desaparecida
Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7
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A Justiça de Minas Gerais negou o pedido da defesa de Thiago Schafer Sampaio para a realização de um exame para insanidade mental. Thiago é um dos acusados de matar Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, em BH, em março de 2025. A solicitação havia sido feita durante audiência de instrução e julgamento, nesta terça-feira (19), após oitiva de testemunhas e interrogatório dos acusados.
A defesa alegou que a dinâmica dos fatos e os relatos apresentados poderiam indicar possível dependência química de Thiago, o que justificaria a realização do exame. No entanto, o Ministério Público se manifestou contra o pedido, sustentando que não havia dúvidas sobre a saúde mental do réu na época dos acontecimentos.
A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, responsável pelo caso, concordou com o posicionamento da promotoria. Na decisão, destacou que a defesa conhecia desde o início do processo o histórico de uso de drogas por parte do acusado e, mesmo assim, só levantou a questão ao final da audiência, o que inviabiliza a instauração do exame nesta fase processual.
Além disso, a magistrada ressaltou que não foi apresentada qualquer documentação médica que indicasse comprometimento da capacidade de compreensão ou autodeterminação do acusado.
Com isso, o pedido foi negado e o processo seguirá normalmente. As partes foram intimadas a apresentar suas alegações finais no prazo de dois dias, iniciando-se pelo Ministério Público.
Relembre o caso
O desaparecimento de Clara Maria Venâncio Rodrigues começou a ser investigado após a denúncia de amigos. A jovem, então com 21 anos, foi vista pela última vez no dia 9 de março, quando ela saiu da padaria onde trabalhava, no bairro Ouro Preto. Segundo colegas, a jovem saiu sozinha para encontrar Thiago Schafer Sampaio, por volta das 22h.
A investigação apontou que Thiago enviou uma mensagem pedindo para encontrar Clara para que ele pudesse quitar a dívida de R$400 que tinha com a jovem. A auxiliar de cozinha usaria o dinheiro para pagar o aluguel. Clara escreveu para um amigo dizendo que já estava com o dinheiro, mas não voltou para casa. Colegas tentaram contato, mas receberam mensagens com tom suspeito. Na segunda-feira, sem respostas, acionaram a polícia e também iniciaram uma investigação por conta própria.
O corpo de Clara foi descoberto após a Polícia Civil acionar o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) para verificar uma casa, no bairro Ouro Preto, no dia 12 de março. Dentro do imóvel de Thiago, os bombeiros encontraram o corpo soterrado sob terra e entulho, com uma camada fina de concreto sobre ele. O concreto ainda estava úmido, o que ajudou os investigadores a localizarem o corpo. O cadáver estava em avançado estado de decomposição, e o forte odor indicava a gravidade da cena.
Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, estava na casa onde o corpo de Clara foi encontrado e acabou confessando sua participação no crime. O segundo suspeito, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, também admitiu sua culpa. Dias depois, Justiça converteu a prisão de ambos para preventiva.
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