Justiça nega pedido de trabalho externo para goleiro Bruno
Goleiro foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio
Minas Gerais|Do R7

A Justiça mineira negou nesta quinta-feira (12) o pedido de trabalho externo feito pela defesa do goleiro Bruno Fernandes.
Dessa forma, mesmo com a transferência para um presídio do norte de Minas, o atleta não poderá jogar no Montes Claros Futebol Clube, time com o qual assinou contrato desde fevereiro deste ano.
A decisão é do juiz da Vara de Execuções Criminais de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri. Entretanto, ele não se opõe à transferência do atleta.
Em seu despacho, o magistrado alegou que não há condições para o cumprimento do contrato de Bruno com o time de Montes Claros. Segundo ele, a lei prevê uma série de medidas de segurança para impedir fugas ou indisciplinas, com isto, seria necessário que o goleiro tivesse escolta diária até o trabalho.
O MP (Ministério Público) já havia se posicionado contrário à transferência do ex-goleiro porque ele cumpre pena em regime fechado, o que não permite o trabalho externo.
O advogado do atleta, Tiago Lenoir, informou que ainda não tem conhecimento sobre a decisão do juiz Wagner Cavalieri. Mas, ele afirmou que, com a transferência de Bruno para a Penitenciária de Francisco Sá, o processo também será remetido para o município e a decisão sobre o trabalho externo ficará a cargo do juiz da comarca.
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da modelo Eliza Samudio e, atualmente, cumpre pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.