“Lei Laudemir”: projeto propõe instalação de câmeras em caminhões de lixo
Imagens registradas terão como finalidade a promoção da segurança pública, auxiliando na prevenção e investigação de crimes
Minas Gerais|Luccas Almeida*, da Record Minas

Entrará em discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a “Lei Laudemir”, que prevê a instalação de câmeras de monitoramento em caminhões de coleta de lixo no estado. O projeto de lei homenageia o gari Laudemir de Souza Fernandes, vítima de homicídio no último dia 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte.
Segundo o texto da lei, o projeto propõe a obrigatoriedade da instalação de câmeras de monitoramento em todos os veículos utilizados na coleta de resíduos sólidos urbanos no Estado de Minas Gerais. As câmeras deverão ser instaladas em pontos estratégicos para captar imagens do trabalho dos coletores, do entorno dos veículos e do processo de coleta e descarte do material coletado.
A responsabilidade pela instalação e manutenção será da entidade que opera o serviço, seja um órgão público, empresa contratada ou concessionária.
Ainda segundo a proposta, de autoria do deputado Adriano Alvarenga (PP), as imagens registradas terão como finalidade a promoção da segurança pública, auxiliando na prevenção e investigação de crimes, principalmente os que envolvem trabalhadores da limpeza urbana, para evitar assédios, acidentes e agressões, como as que vitimaram Laudemir.
Entenda o caso
Laudemir Fernandes foi morto no dia 11 de agosto, enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (19), pela primeira vez desde que foi preso, o principal suspeito de matar o gari, Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou o crime. A revelação foi feita durante depoimento.
A confissão aconteceu após Renê ter acesso ao laudo balístico, que comprova que o tiro saiu da arma que ele transportava dentro do carro e às imagens que o colocaram na cena do crime, além das informações passadas por testemunhas, que o reconheceram como o assassino do gari Laudemir.
Segundo fontes ligadas à investigação, o empresário declarou que a intenção era atirar para o alto, mas que acabou apontando a arma para frente para tentar intimidar o grupo. Segundo o que Renê contou à polícia, o disparo teria sido acidental e atingiu exatamente o gari que não estava discutindo com ele, Laudemir. Ainda segundo Renê, ele não teria visto que atirou no gari e por isso foi embora do local.
Ainda nesta segunda, os três advogados renunciaram à defesa do suspeito. Ele foi comunicado sobre a mudança e deve contratar outro defensor em breve.
*Estagiário sob supervisão de Arnon Gonçalves
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