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Lojistas criticam prefeitura e pedem reabertura do comércio em BH

CDL convocou entrevista coletiva para pedir abertura imediata de leitos e do comércio na capital mineira, fechado desde o dia 11

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Quinze dias após entrar em vigor o decreto da Prefeitura de Belo Horizonte que determinou o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais, representantes do comércio criticaram, mais uma vez, a decisão do Executivo de manter os locais fechados. 

Encabeçados pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte), as entidades criticam o fechamento de leitos de UTI e enfermaria, a duração das restrições e até a circulação de ônibus na capital mineira. 

De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Souza e Silva, desde setembro, a prefeitura fechou 175 leitos de UTI e 276 leitos de enfermaria. 

Veja: BH abre leitos de UTI em janeiro, mas ocupação é 2 vezes maior


— Não houve reativação desses leitos, mesmo com a prefeitura sabendo, desde o início de novembro, que haveria um novo pico da doença. 

Conforme dados mostrados pela CDL conforme os boletins epidemiológicos divulgados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte, a rede hospitalar contava com 424 leitos de UTI e, agora, são 249. No caso da enfermaria, o número de leitos passou de 1.115 para 839. 


Nas últimas semanas, a Prefeitura de BH conseguiu viabilizar a abertura de 54 leitos de UTI e 20 de enfermaria. Conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (25), são 303 leitos de UTI e 859 de enfermaria existentes na capital mineira, somando as redes pública e privada. 

— A gente pede o aumento de leitos não simplesmente para o comércio abrir, mas para garantir para toda a população que haja atendimento suficiente, caso necessário. 


Ainda segundo Souza e Silva, o fechamento do comércio não significou aumento do isolamento social na cidade.

— O índice de isolamento social era 46% nos três dias anteriores ao anúncio do fechamento e, agora, essa média é de 45%.

O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Matheus Daniel disse, ainda, que o fechamento de bares e restaurantes não resulta na melhoria dos índices da pandemia. 

— Não é um problema do bar e do restaurante, a pandemia é um problema comportamental, depende do comportamento das pessoas. Os bares podem ser parceiros nessa fiscalização. Sabemos que tem bares que não seguem [os protocolos sanitários], mas não podemos punir todos em função de algumas pessoas.

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