MG abre processo contra três servidores por vacinação irregular
Resultado inicial da investigação feita pelo Governo sobre o caso de fura-filas na Secretaria de Saúde indica que houve ilegalidades
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O Governo de Minas Gerais informou, neste sábado (24), que abriu processos administrativos contra três servidores da SES (Secretaria Estadual de Saúde) por possiveis irregularidades na vacinação de funcionários da pasta contra a covid-19.
Resultado preliminar da investigação da CGE (Controladoria-Geral do Estado) aponta que há indícios de ilegalidades no caso conhecido como dos "fura-filas", revelado pelo R7, em fevereiro deste ano.
O governo não divulgou o nome dos servidores que responderão o processo administrativo, mas detalhou que foram identificadas inobservância de normas e da ordem de priorização dos grupos para vacinação, valimento indevido do cargo público e aplicação indevida de verbas públicas para os imunizantes da covid-19.
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"A partir de agora, esses servidores terão oportunidade de apresentarem defesa, que será analisada pela comissão do PAD que acompanhará o processo. Em função da extensão das apurações e dos indícios levantados pelas investigações preliminares, a realização dos trabalhos continua, por meio de novos procedimentos correcionais e de auditoria, para aprofundar as investigações", inforou a equipe do governador Romeu Zema (NOVO).
Os detalhes sobre a investigação vão ser encaminhados ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Fura-Filas, na Assembleia de Minas, que investigam o caso.
Após o caso ser revelado, o então secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o secretário adjunto, Marcelo Cabral, e outros funcionários da Secretaria de Saúde foram exonerados. O governo enviou à CPI uma lista com os nomes de mais de 1.800 servidores que foram imunizados, entre eles há trabalhadores que atuavam em home office.
Agora, os investigadores trabalham para ver quem recebeu as doses indevidamente. Desde o início, a Secretaria de Saúde alega que a escolha da equipe a ser vacinada foi feita com base em critérios técnicos e dentro da legalidade.