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Motorista de ônibus que caiu em MG fugiu por medo, diz delegado

Condutor do veículo prestou depoimento nesta segunda-feira (7), depois de ficar três dias sem se apresentar às autoridades; investigação continua

Minas Gerais|Marcos Guimarães, da TV Leste

O motorista que conduzia o ônibus que caiu de um viaduto em João Monlevade, a 115 km de Belo Horizonte, na última sexta-feira (4) disse, em depoimento nesta segunda, ter fugido do local do acidente por medo e por ter se sentido "acuado".

Luiz Viana de Lima se apresentou na delegacia de Polícia Civil em João Monlevade na parte da manhã, acompanhado de advogados e representantes da empresa Localima Transportes e prestou depoimento durante boa parte da tarde de hoje.

Motorista prestou depoimento
Motorista prestou depoimento Motorista prestou depoimento

De acordo com o delegado Paulo Tavarez Neto, ele apresentou a versão dos fatos, disse que o acidente foi causado por um problema nos freios e que está colaborando com as investigações.

— Ele fugiu porque, segundo ele, ficou com medo. Vários motoristas que pararam no local estavam procurando por ele e ele se sentiu acuado. Ele não foi detido já que não tinha nenhuma cautelar contra ele. Ele foi ouvido e será ouvido novamente enquanto a apuração continua.

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O depoimento do motorista é fundamental para que a Polícia Civil esclareça as causas do acidente. De acordo com testemunhas, Viana pulou do ônibus antes de ele despencar do viaduto. Ele ficou desaparecido durante todo o fim de semana.

De acordo com a chefe da Divisão de Medicina Legal da Polícia Civil, Tatiana Telles, o laudo da perícia fica pronto em até 30 dias.

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— As perícias complementares no ônibus estão em curso. O laudo pericial inicial, sem a demontagem do veículo já foi feito. Foi retirado o tacógrafo, que é o equipamento de aferição de veloidade e ele será submetido a exames complementares. 

Empresa

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Os representantes da Localima, empresa proprietária do ônibus, também prestaram depoimento. Na saída, Flaviano Carvalho esclareceu que o veículo estava arrendado para uma empresa de turismo, que é quem fazia a venda de passagens.

— O ônibus pertence a empresa Localima, mas tem contrato de arrendamento à empresa JS, que é quem tempoder de trafegar essa linha.

Carvalho disse, ainda, que o ônibus estava regularizado e que havia passado por vistoria recentemente.

— Nosso carro tem vistoria da ANTT, que foi feita agora em outubro e vale por um ano, estava regular, conforme comprova o contrato.

No entanto, não é esse o entendimento da própria ANTT. Em nota enviada à reportagem, a agência reguladora diz que a situação do ônibus envolvido no acidente era de "inativo". Dessa forma, ele não poderia circular.

Quanto aos corpos das vítimas fatais, quatro foram encaminhados para o estado de São Paulo e uma familia decidiu fazer o traslado terrestre por conta própria até Alagoas. Do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, partiram 14 corpos no avião Hércules da Força Aérea Brasileira.

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