MP abre investigação sobre danos ambientais da explosão na Usiminas
Acidente aconteceu na última sexta-feira (10), deixando 34 trabalhadores feridos; um tremor de terra foi provocado pelo impacto
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) abriu um inquérito civil para investigar os danos ambientais causados pela explosão de um gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, na região do Vale do Aço. A decisão foi divulgada no Diário Oficial do órgão nesta quarta-feira (15).
O caso, considerado um assunto de meio ambiente, ficou sob responsabilidade da Nona Promotoria de Justiça. As causas do acidente também são apuradas em outro inquérito já instaurado pela Polícia Civil.
A siderúrgica já era alvo de três inquéritos e uma ação civil pública abertos pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) neste ano. De acordo com a promotoria, a proposta das ações é investigar outros acidentes de trabalho ocorridos dentro da firma.
Acidentes
Apenas na última semana foram registrados três incidentes na unidade de Ipatinga. Além da explosão, um trabalhador morreu no dia oito de agosto enquanto fazia uma manutenção no local. Segundo o MPT, o óbito teria sido provocado por um vazamento de gás.
Na última segunda-feira (13), outro funcionário de uma terceirizada teve o braço amputado após um acidente durante o expediente. Sobre o assunto, a Usiminas já havia declarado que os acidentes não ocorreram no mesmo local que a explosão da semana passada.
A explosão assustou funcionários da empresa e moradores da cidade na última sexta-feira (10). Trinta e quatro tralhadores ficaram feridos e já receberam alta. O impacto provocou um tremor de terra na região e causou danos em prédios vizinhos à siderúrgica.
Procurada, a empresa reiterou que os acontecimentos não têm relação entre eles e informou que está à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.
Confira a nota na íntegra:
“A Usiminas informa que está acompanhando os inquéritos instaurados pelo Ministério Público (MP) e Ministério Público do Trabalho (MPT) e segue à disposição das autoridades para o devido esclarecimento dos fatos tratados nesses inquéritos. A empresa reitera que não há conexão entre as ocorrências de quarta-feira (8/8) e sexta-feira (10/8).”