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MP denuncia Aécio por propina em obras da Cidade Administrativa

Ex-governador de MG pode responder, na Justiça, por crimes cometidos na licitação e obra da sede do governo; outras 15 pessoas foram denunciadas

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Cidade Administrativa foi inaugurada por Aécio em 2010
Cidade Administrativa foi inaugurada por Aécio em 2010

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nesta sexta-feira (18), o deputado federal e ex-governador Aécio Neves (PSDB) por crimes cometidos durante a construção da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Além de Aécio, outras 15 pessoas foram denunciadas pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados com a licitação e as obras da sede do governo de Minas Gerais, inaugurada em 2010.

De acordo com o MP, os crimes foram cometidos entre 2007 e 2010, mas só vieram à tona em dezembro de 2016, após delação premiada de um dos empreiteiros contratados para tocar as obras.

Depois desse depoimento, o MP fechou acordo com outros três executivos de duas das nove empresas que atuaram na construção da Cidade Administrativa.


"Restou demonstrado que, a convite do então governador de Minas Gerais, nove empresas de engenharia se reuniram e entraram em conluio para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos", diz o MP. 

De acordo com a denúncia, além do sobrepreço no valor do contrato e da fraude à licitação, Aécio cobrava uma propina de 3% dos valores pagos às empresas contratadas.


Ainda conforme o MP, parte da propina foi paga por meio de contratos fictícios e até mesmo em dinheiro em espécie. Os prejuízos seriam de mais de R$ 50 milhões.

Indiciado


Aécio também foi indiciado pela Polícia Federal no mesmo caso. A PF levantou suspeitas contra o ex-governador e outros 11 executivos de empreiteiras por fraudes na construção da Cidade Administrativa. Segundo a PF, os prejuízos relacionados à fraude à licitação chegam a R$ 747 milhões, em valores atualizados.

Outro lado

Em nota, a defesa de Aécio afirmou lamentar o que chamou de "precipitação" e "absurdo" a denúncia apresentada pelo Ministério Público.

"A obra citada, concluída há mais de 10 anos, foi realizada de forma exemplar, com os preços apresentados na licitação considerados abaixo dos de mercado pelo próprio MP à época e considerada correta por todos os órgãos de controle como TJ e TCE. O edital foi aprovado pela AGE e submetido previamente ao MP".

A defesa diz, ainda, que a denúncia é "insustentável".

"A defesa confia que a Justiça irá demonstrar a injustiça e o absurdo da falsa acusação", afirma a nota.

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