"Não faz sentido consultar o povo", diz Zema sobre privatização
Governador de Minas disse que espera que a Assembleia derrube uma norma que obriga a convocação de plebiscito para privatizar empresas
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta sexta-feira (11), que é a Assembleia Legislativa que vai decidir por onde a privatização começará no Estado. Em entrevista ao programa Live JR, da RecordTV, Zema afirmou esperar, ainda, que o Legislativo derrube uma exigência de um plebiscito para que alguma empresa pública possa ser privatizada.
- O que queremos que a Assembleia faça é mudar uma parte da Constituição Estadual, que exige que o plebiscito popular. Não faz sentido consultar o povo. Isso foi colocado lá atrás para dificultar o processo de privatização e que, hoje, dificulta que o Estado tenha condições de se desenvolver.
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Questionado se as privatizações no Estado começariam com a Cemig ou a Copasa, Zema afirmou que essa decisão depende da Assembleia.
- Vamos começar com o que a Assembleia achar melhor. A questão da privatização passa pela Assembleia.
De acordo com Zema, o plano da sua gestão é privatizar para que o "Estado seja forte e venha a atuar bem na saúde, educação e segurança". Zema afirmou que as maiores reclamações que recebe de industriais é de que não conseguem ampliar a capacidade produtiva por falta de estrutura da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
- A Cemig foi exaurida financeiramente e não consegue se atualizar em razão da falta de investimentos. O que é melhor para o mineiro? Que a Cemig continue sendo controlada pelo Estado e sem condições de investir ou nós privatizarmos, com o compromisso de que o novo controlador faça R$ 15 bilhões de investimentos que ela precisa?